A oferta de WhatsApp ilimitado pode estar com os dias contados para os clientes das três principais operadoras do Brasil: Vivo, Tim e Claro.
As empresas discutem o fim do acesso sem custos a aplicativos pré-determinados em contrato, como é o caso do WhatsApp.
Foi justamente esse serviço que alavancou as vendas de planos de celular em todo o país, onde 62% das pessoas acessam a internet apenas pelo celular.
De acordo com a pesquisa TIC Domicílios, elaborada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), trocar mensagens pelo WhatsApp é o principal uso do celular no Brasil.
De modo geral, as operadoras vendem pacotes de dados com teto de consumo e, a partir desse limite, o cliente paga um valor a parte.
Mas com acordos feitos com empresas de tecnologia, as próprias operadoras excluem determinados aplicativos do consumo de dados dos usuários.
Vivo, Tim e Claro podem acabar com o WhatsApp ilimitado
A Vivo, que oferece apenas o WhatsApp ilimitado e, em alguns planos, também o Waze, a possibilidade de acabar com a oferta é real.
“Cada vez mais nós temos diminuído a oferta de aplicativos com uso ilimitado para o mercado, porque entendemos que existe a necessidade de remunerar o investimento feito na rede”, disse ao Broadcast, podcast do Estadão, o vice-presidente de negócios da Vivo, Alex Salgado.
À Folha de S. Paulo, a empresa confirmou que existem estudos para diminuir o número de apps com acesso ilimitado.
Já o presidente do grupo Claro Brasil, José Félix, disse em evento recente que a estratégia da empresa foi um erro e que a Claro gasta milhões para manter o consumo de dados de algumas das plataformas, como é o caso do WhatsApp.
Procurada pela Folha, a Claro afirma que não comenta esse tema ou a fala de seu executivo.
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A Tim, que preferiu não comentar o assunto, oferece acesso ilimitado ao WhatsApp e Deezer em todos os planos – nos pós-pagos, há também a oferta de Instagram, Facebook e Twitter sem consumo de dados.
Ao Broadcast, o diretor de receitas da Tim, Fábio Avellar, disse que o tráfego remunerado sempre gera prejuízo e sugeriu que a empresa deve avaliar se a estratégia atrai clientes o suficiente para arcar com os custos da operação.