A queima controlada no campo está suspensa por 90 dias com o objetivo de evitar incêndios florestais no Paraná. A medida foi decretada pelo Instituto Água e Terra (IAT).
Qualquer queima controlada para atividades agrossilvopastoris no Paraná, incluindo o método usado para a despalha de cana-de-açúcar foi suspensa.
Além disso, a Portaria n° 338/2024, publicada no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (9), prevê que as usinas de produção de açúcar e álcool fiquem responsáveis por comunicar sobre a proibição aos fornecedores de matéria-prima.
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A medida busca amenizar os incêndios florestais no Paraná, já que, a combinação de áreas que estão há muito tempo sem chuva e a baixa umidade relativa do ar com as altas temperaturas atípicas para o inverno fez com que o Estado atingisse o período de maior vulnerabilidade para queimadas ambientais nesta semana.
Incêndios no Paraná
“É um momento climático muito crítico, em que tivemos de tomar essa decisão para inibir qualquer queima no campo. Um foco de fogo, nas condições atuais, pode se transformar em incêndio de grandes proporções”, afirmou a gerente de Licenciamento do IAT, Ivonete Coelho da Silva Chaves.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram registrados mais de 10 mil focos do tipo no Estado de janeiro a agosto deste ano.
Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a umidade relativa do ar atingiu nesta segunda-feira (9) 18,1% em Londrina, na região Norte, 19% em Loanda e 20% em Altônia, ambas no Noroeste. Curitiba registrou 27%. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade ideal para a saúde dos seres humanos deve estar entre 50 e 60%.