Balas de banana de Antonina recebem Indicação de Procedência

A bala de banana, um produto artesanal típico de Antonina, recebeu no dia 29 de dezembro de 2020 o reconhecimento de Indicação de Procedência, que faz parte do registro de Indicação Geográfica (IG), concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). As empresas que conquistaram esse registro e se tornaram legítimas do município são a Antonina (bala de embalagem verde) e a Bananina (bala de embalagem laranja).

Assessoria de Imprensa Sebrae/PR

As balas de banana seguem uma longa tradição na cidade, iniciada nos anos 70 com os avôs das atuais responsáveis pelo gerenciamento do negócio. Hoje, a produção é de mais de 15 toneladas por mês e as vendas alcançam o Paraná e outros estados do Brasil. O produto também já foi visto em Paris, na França e em Ushuaia, na Argentina.  

“Foi uma surpresa muito grande porque o resultado saiu no dia 29 de dezembro. Encaramos como uma recompensa após um ano de muitas dificuldades. Foi um susto acompanhado de muita felicidade”, diz a empresária Rafaela Takasaki Corrêa, que comanda a produção da bala Antonina.

A empresária responsável pala Bananina, Bárbara Krenk, afirma que deseja explorar novos espaços em 2021. “É uma honra contribuir com o desenvolvimento do Litoral e do Paraná como um todo. Sabemos que com a obtenção selo o produto passa a ser reconhecido como legítimo de Antonina e abre portas para a comercialização em vários cantos do País”.

De acordo com a presidente da Associação dos Produtores de Bala de Banana de Antonina e Morretes (Aprobam), Maristela Mendes, a Indicação de Procedência faz parte do resultado de um trabalho sério.

“A bala de banana já era típica do Litoral, já representava o Paraná, agora veio o reconhecimento. Essa formalidade vai nos ajudar a manter essa tradição”, afirma Maristela.

Trajetória

A união e amizade das duas empresas que fabricam as balas foi determinante para a conquista do reconhecimento. O negócio começou com os avôs das empresárias Rafaela e Bárbara, responsáveis pela conquista do selo.

O processo para obter o registro iniciou em 2014, com o apoio do Sebrae/PR. Nesse período foi realizado um levantamento sobre possíveis produtos que poderiam conquistar o selo. Dos 35 indicados, 10 foram selecionados, incluindo a bala de banana.

A coordenadora estadual de Agronegócios do Sebrae/PR, Maria Isabel Guimarães, conta que a Agência de Desenvolvimento do Turismo (Adetur) deu entrada na documentação solicitando o registro em 2016.

“Realizamos um levantamento com dados e informações sobre o produto e as empresas, incluindo mais de 800 citações na imprensa, além de relatos de diversos moradores sobre importância das balas para a cidade, aspectos econômicos, culturais e históricos”, diz a coordenadora.

Entretanto, em 2018, o Inpi publicou uma nova norma, que exigia que o órgão responsável pelo registro da documentação fosse diretamente ligado ao produto. Por essa razão, foi criada a Aprobam.

Antonina

As balas Antonina são feitas por 15 funcionários e possuem como principal público a Grande Curitiba e o Litoral. Há dois anos a empresa lançou um e-commerce, que também auxilia no faturamento da empresa e possibilita maior comercialização para o produto. Além da bala, a plataforma virtual comercializa canecas, caixas de presentes, aventais, canudos e ecobags.

O produto segue a receita original, desenvolvida pelo avô, pelo pai e pelo Seu Zezo, doceiro de Santa Catarina. A empresa também possui um funcionário que trabalha no local desde 1979, o Baiano. Ele é o encarregado do final da receita.

Bananina

A bala Bananina possui oito colaboradores. O público consumidor do produto também se encontra na Grande Curitiba. E é possível visitar a fábrica, que há dez anos abriu o espaço para receber o público, uma forma de contar a história do produto e chamar a atenção dos turistas.

A bala Bananina respeita a receita que está na família desde 1986, mas também adotou novos sabores, como as balas de banana com goiabada, amendoim, abacaxi, pimenta e gengibre.

Indicação de procedência

Além da bala de banana, outros sete produtos paranaenses possuem Indicação de Procedência. É o melado de Capanema, a goiaba de Carlópolis, os queijos da Colônia Witmarsum, as uvas finas de mesa de Marialva, a erva-mate de São Mateus do Sul, o mel do Oeste e os cafés especiais do Norte Pioneiro. O mel de Ortigueira possui uma Denominação de Origem, uma espécie de Indicação Geográfica (IG).

Outros produtos do Estado aguardam pelo registro, como o barreado e a farinha de mandioca do Litoral, a cachaça de Morretes, os vinhos de Bituruna e os morangos do Norte Pioneiro.

Colaboração AEN e Assessoria de Imprensa Sebrae/PR

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