Busca por representatividade trans aumenta 129% em um ano em plataforma de imagens

No “Mês do Orgulho”, as empresas já estão pensando em como incluir a comunidade LGBTQ+ em suas campanhas sem cair em lugares-comuns que capitalizam o movimento e que, ao invés de atrair, alienam seus consumidores ano após ano. A iStock, a plataforma líder de e-commerce que fornece imagens, vídeos e ilustrações premium a preços acessíveis para PMEs, criativos e estudantes de todo o mundo, explora como as marcas podem promover uma representação mais autêntica de um dos coletivos LGBTQ+: a comunidade transgênero, não apenas durante este mês, mas durante todo o ano.

Foto: iStock

Por meio do VisualGPS Insights, sua mais nova plataforma interativa, a iStock oferece aos clientes dados de busca e download que informam suas estratégias de conteúdo e os ajudam a identificar lacunas nas narrativas visuais atuais, incluindo a representação de pessoas trans e outras identidades da comunidade LGBTQ+.

Analisando o contexto atual da comunidade transgênero na América Latina, observa-se que, embora a representação e a cobertura trans nas políticas públicas e nos principais meios de comunicação nunca tenham sido tão frequentes, os países latinos estão na metade do caminho, restando notar que ainda há muito trabalho ser feito.

Em março de 2020, o canal de notícias público na Argentina anunciou Diana Zurco como sua apresentadora, tornando-se a primeira mulher trans a apresentar notícias na TV aberta da região. A Argentina já era notícia há uma década por ser um dos primeiros países a aprovar a mudança de gênero no Documento de Identidade. Na Colômbia, durante as eleições de 2018, Tatiana Piñeros foi promovida como  a primeira candidata transgênero ao Congresso. Em novembro de 2021, foi inaugurada a Clínica Pública Trans na Cidade do México, a primeira do gênero no país. Essa iniciativa busca relembrar a rejeição e discriminação sofridas pela comunidade trans quando vão aos serviços de saúde. Vale lembrar que o México, segundo a ONG LetraS, é o segundo país com maior letalidade para pessoas trans, atrás apenas do Brasil. A expectativa de vida da comunidade trans no México é de apenas 35 anos.

Nesse sentido, de acordo com a plataforma de pesquisa criativa da iStock, o VisualGPS, uma fonte de informação que oferece dados e perspectivas sobre o consumo de conteúdo visual, revelou que os consumidores são muito mais propensos a ver pessoas da comunidade trans retratadas como vítimas de violência, do que em um ambiente diário com suas famílias ou mesmo “curtindo a vida”. De acordo com Federico Roales, Creative Researcher da iStock, apenas uma maior representatividade em termos de volume não é suficiente. O especialista indica que é importante que o público veja uma variedade maior de histórias visuais positivas protagonizadas por pessoas da comunidade trans e ressalta que as marcas podem ajudar a preencher essa lacuna.

Com maior visibilidade na mídia e progresso lento, mas constante na América Latina, uma das barreiras para aumentar a representação de transgêneros na publicidade parece ser que as marcas têm medo de errar. De acordo com o The Visibility Project da GLAAD, 81% dos anunciantes e 41% das agências estão preocupados com a representação inautêntica da comunidade e da cena LGBTQ+. O medo de que isso possa provocar uma reação negativa (um “escrache” ou a marca ser “cancelada”) tem como consequência a não inclusão de conteúdos visuais diversos como estratégia de redução de danos. No entanto, o VisualGPS revelou que o compromisso com a diversidade vai além da identidade autopercebida: 68% dos consumidores não LGBTQ+ preferem comprar de empresas que representam pessoas LGBTQ+ em seu conteúdo visual.

A iStock também informou que, entre 2021 e 2022, as pesquisas por conteúdo de pessoas transgênero aumentaram +129%. No entanto, apesar dessa intenção, as pessoas transgênero só foram representadas em menos de 1% do conteúdo mais baixado. Além disso, as narrativas visuais tendem a mostrar um espectro muito estreito de suas trajetórias de vida: como mostra a ferramenta VisualGPS Insights, a maioria das imagens mais populares relacionadas aos termos “lgbt” ou “trans” mostram cenários com bandeiras de orgulho, ou o tradicional desfiles, demonstrando falta de profundidade cultural e autenticidade na forma como as histórias LGBTQ+ estão sendo abordadas.

“As imagens LGBTQ+ mais populares mostram celebrações de orgulho e os temas predominantes são centrados na luta pela igualdade. Embora isso tenha sido importante alguns anos atrás, quando se defendia mais visibilidade, as marcas agora precisam se concentrar em tornar o LGBTQ+ mais prevalente na sociedade. Os resultados da pesquisa no VisualGPS Insights mostram que há muito pouco conteúdo que coloque as histórias do coletivo LGBTQ+ diretamente na cultura latino-americana”, disse Federico Roales.

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