Cibercrimes: entenda como ocorrem e previna-se

Atualmente, o Brasil ocupa o quinto lugar entre os países com mais ataques de hackers no mundo – é o que aponta um levantamento da consultoria alemã Roland Berger. Somente durante os primeiros seis meses de 2021, foram 9,1 milhões de casos registrados entre brasileiros envolvendo “sequestros” de sistemas em troca de pagamento, um número superior a todos os casos registrados em 2020 juntos.   

Divulgação

Apesar desse tipo de golpe ter ganhado espaço rapidamente no Brasil, é possível se precaver, desde que se entenda como os cibercriminosos atuam e como pequenas mudanças de atitudes podem fazer uma grande diferença. “Existem diferentes mecanismos já oferecidos no mercado que auxiliam a reforçar a segurança e efetiva proteção de dados pessoais e de sistemas. Mas o usuário, muitas vezes por falta de conhecimento, acaba se expondo a riscos desnecessários”, explica Fernando Bousso, sócio e head de privacidade e proteção de dados da Baptista Luz Advogados. 

Como os cibercriminosos atuam? 

Primeiramente, é preciso entender que existem diversas maneiras pelas quais os criminosos podem roubar a senha de um computador, celular ou aplicativo. A mais comum delas se chama “phishing”. “O Brasil está entre os países com o maior número de ocorrências desse tipo de ciberataque, que consiste, basicamente, no furto de dados pessoais e senhas por meio da interação da vítima com um e-mail ou mensagem com informações e links falsos”, afirma Bousso. 

Por esse motivo, é preciso estar muito atento aos e-mails com ofertas e notícias que parecem “boas demais”, como prêmios imperdíveis e promoções limitadas. “A vítima irá deixar seus dados em um site falso e que, muitas vezes, pode ser idêntico ao original. Nesta plataforma online, os golpistas terão livre acesso a dados sigilosos da vítima”, completa o advogado. O mesmo pode ocorrer com casos de contas vencidas falsas. “A vítima, na ânsia de regularizar sua situação, acaba por pagar a fatura fraudulenta e enviar dinheiro para a quadrilha”.  

Vale lembrar também que senhas fracas e redes wi-fi que oferecem pouca segurança devem ser evitadas a todo custo já que são uma porta de entrada para cibercriminosos. “Existem softwares que fazem tentativa e erro de milhares de senhas por segundo, por isso, sequências numéricas, datas e nomes de familiares são muito perigosos para se ter como senha”, alerta o profissional da Baptista Luz Advogados.  

Como se prevenir contra esses tipos de golpes? 

O primeiro passo para evitar o roubo de dados pela internet é a utilização de uma senha forte e que não seja facilmente relacionada à vida pessoal do titular, assim como não utilizar a mesma senha para todas as plataformas. “Diferentes programas têm diferentes níveis de segurança, logo se uma pessoa mal-intencionada descobrir uma delas, traquear as demais seria uma tarefa fácil”, explica. “Caso tenha dificuldade em memorizar todas as suas senhas, existem aplicativos ou sistemas geradores de senhas que podem ajudar”.  

Como falamos anteriormente, sites falsos podem ser uma armadilha eficiente para o usuário desatento. Por isso, é importante sempre conferir se o endereço acessado confere com aquele que você costuma utilizar – principalmente aqueles em nome de bancos e outras instituições financeiras. “Os bancos não costumam compartilhar informações por e-mail, por isso desconfie. E se quiser confirmar, fale com seu gerente pelo telefone da agência ou pessoalmente”, finaliza Bousso.  

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