Conscientização sobre o teste do pezinho deve ser prioridade

No próximo dia 14 de agosto é comemorado o Dia dos Pais, que celebra e valoriza a importância da figura paterna na vida das pessoas. As comemorações são realizadas em vários países, sendo que no Brasil acontece sempre no segundo domingo do mês de agosto. Entre os motivos para agradecer aos pais, estão o carinho e a responsabilidade com os filhos recém-nascidos. Os cuidados, em geral, começam com a realização do teste do pezinho.

Foto: Marcello Casal Jr. | Agência Brasil

As primeiras horas de vida de um recém-nascido são determinantes para a possível descoberta de enfermidades, principalmente doenças relacionadas à imunodeficiência primária. Por essa razão, os pais, juntamente da mães, devem estar cientes do quão necessária é a triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho.

Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, explica que o teste do pezinho é feito em crianças recém-nascidas e realizado a partir das gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê, permitindo identificar doenças graves assintomáticas ao nascimento e que podem causar sérios danos à saúde, caso não sejam diagnosticadas e tratadas precocemente.

Segundo Condino-Neto, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho, o exame é obrigatório no Brasil e considerado de fácil acesso para a população. “O teste do pezinho deve ser realizado entre o 3º e 5º dia após o nascimento do bebê e pode ser feito no próprio hospital em que ocorreu o parto, caso ofereça o exame. No entanto, se não existir essa possibilidade, também é possível ir até os postos de saúde do município ou em laboratórios privados. O mais importante é que os pais não deixem de submeter os bebês ao procedimento”, afirma.

Atualmente, o teste do pezinho foi ampliado e  passou a envolver até 50 novas doenças raras, incluindo a triagem das imunodeficiências. Antes, o exame englobava apenas seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, síndromes falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. O Governo Federal sancionou o Projeto de Lei em maio de 2021 e o Sistema Único de Saúde (SUS) ficou responsável pela implementação, que deve durar quatro anos.

Para Condino-Neto, fazer o teste do pezinho possibilita reduzir mortalidade, sequelas, sofrimento e custo social, causadas por doenças congênitas graves. Além disso, os pais precisam ser conscientes, ajudando a evitar que os filhos sejam diagnosticados tarde demais e aumentando as chances de cura com um tratamento adequado. “Antes da alta da maternidade, é recomendado solicitar que seja realizado, caso oferecido, o teste do pezinho ampliado, incluindo erros inatos da imunidade, erros inatos do metabolismo e as 50 doenças, pois apesar da lei da ampliação já ter sido aprovada, isso ainda não é rotina automática em todo território nacional”, finaliza o médico.

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