No próximo domingo (13) será comemorado o Dia dos Pais, data que abre o calendário de eventos do segundo semestre. Em 2022, a celebração surpreendeu e, segundo a Serasa Experian, foi a melhor desde 2011, com um aumento de 7% nas vendas de presente em relação a 2021.
O sucesso pode se repetir esse ano. Conforme levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 36% dos brasileiros pretendem gastar mais que no ano passado, e poderá movimentar R$ 26,94 bilhões no comércio.
Na visão de Marcelo Reis, especialista em vendas, gestão empresarial e CEO da MR16, esse crescimento se deve a uma tendência natural. “Viemos de anos de demanda reprimida, o comércio está buscando mais vendas, aliado a uma predisposição maior de consumidor em presentear os pais nesta data”, pontua.
Dia dos Pais: ‘termômetro’ dos gastos no Natal
Esse ímpeto de gastar pode ser um bom sinal para datas como Black Friday e Natal, caso se confirme o aumento.
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“Essa data funciona como um termômetro, permitindo aos comerciantes compreenderem a propensão dos clientes em fazerem compras e o quanto estão dispostos a investirem nos próximos meses. É nesse momento que os comerciantes começam a balizar as compras e entenderem como está o mercado”, analisa.
Segundo pesquisa da Fecomércio Paraná, 53,9% dos paranaenses vão comprar presentes na ocasião, e pretendem gastar mais.
O tíquete médio foi de R$ 135,16 no ano passado, em 2023 está em R$ 137,62, aumento de 1,8%. Já na Fecomércio Santa Catarina, a intenção de compra está estimada em R$ 194,77, alta de 6% em relação a 2022.
Antecipar-se ao momento de compra é essencial
De acordo com Reis, os comerciantes interessados em buscar boas vendas devem se planejar para atrair os clientes. “Já comece a preparar as promoções e dar alguns indicativos em relação à data por meio das redes sociais. Mesmo que a compra não seja feita na hora, é importante lembrar que o momento vai chegar”.
Outro ponto relevante é a personalização, criando uma proximidade maior com o cliente: “Enviar conteúdos que realmente sejam mais customizados, humanizados, e não de modo aleatório e automático. Detalhes, como chamar o cliente pelo nome, causa uma proximidade maior do que mensagens genéricas”.
Ainda nesse campo, é preciso preparar os espaços, tanto os físicos quanto os virtuais, visando criar a melhor experiência possível.
Aos consumidores, a antecipação também é chave para realizar pesquisas com calma. “Os preços podem variar dependendo da oferta e da demanda, conforme a data se aproxima. Além disso, o valor de um mesmo produto pode variar, dependo do local ou mesmo se for uma compra online”, sinaliza.
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Reis reforça a necessidade de buscar lojas virtuais confiáveis e evitar promoções improváveis: “Às vezes, no intuito de economizar, o consumidor acaba ficando sem o dinheiro e sem produto”, complementa.
Atenção às compras de última hora
O especialista lembra ainda que muitas pessoas deixam para comprar os presentes na última hora, e o plano de vendas deve considerar esse público, visando proporcionar agilidade.
“Esse segmento quer ser atendido rapidamente. É preciso pensar em algo que não peça o deslocamento do cliente até a loja, ou, no máximo, que ele vá somente com o objetivo de pagar e buscar o produto”, avalia.