No frio a gente gasta mais? Saiba porque as contas apertam nessa época

Não precisa ser especialista pra dizer: no frio a gente gasta mais. Porque no frio, comemos mais e, consequentemente, o gás é mais usado. E para se esquentar, se usa mais gás e mais energia para aquecedor, chuveiro, ar-condicionado. É quase um ciclo vicioso. Mas na dúvida, consultamos um especialista para saber se os gastos realmente aumentam nesse período.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

“Nos meses de junho e julho, por exemplo, que está mais frio, esse aumento no consumo chega a 80%. Em uma casa com aquecedor à gás, o que acontece é que com o frio, a temperatura da água também fica mais baixa, cerca de 7°C, enquanto no verão, esse valor é de uma média de 20°C. O que significa que é preciso mais combustão para elevar a temperatura, e, consequentemente, maior consumo de gás”, explica Marcelo Medeiros, gerente de operações da Gaslog, empresa que faz distribuição de GLP para condomínios em Curitiba.

Ou seja, não é só achismo. Para ajudar, a crise energética e o preço do gás vêm tendo constantes aumentos nos últimos anos. Para se ter uma ideia, o gás de cozinha subiu 23,2% entre março de 2021 e março de 2022.

É possível gastar menos?

É fundamental pensar em alternativas que ajudem a conter os gastos. Foi o que fez Diego Fernando de Souza, gerente da churrascaria La Ventura em Curitiba, que resolveu apostar na geração distribuída de energia para tentar economizar. “Para se ter uma ideia, o consumo de luz no nosso restaurante chega a 9 mil por mês. Esse é um valor muito difícil para manter mensalmente com a realidade que temos atualmente. Com esse modelo a gente consegue reduzir uma média de R$ 1 mil, que faz uma diferença para a gente”, conta ele.

A geração distribuída é uma modalidade autorizada pela Aneel desde 2012, mas que teve seu marco regulatório sancionado por meio da Lei n.14.300 aprovada em janeiro de 2022 e que regula o mercado de micro e minigeração de energia. Na prática, são oferecidas modalidades sustentáveis de captação e geração de energia, geradas através de fontes renováveis como a solar, a eólica, de biomassa, hidrelétricas, entre outras.

“Existem muitas modalidades, uma das mais conhecidas é aquela gerada por painéis solares, mas essa é uma opção que ainda exige um investimento alto, e isso nem sempre é possível. Para isso, existe também a modalidade de geração compartilhada, em que consumidores podem se reunir em cooperativas e, desta forma, aderir à Geração Distribuída e garantir a compensação de até 20% do valor da fatura de luz”, explica Miguel Segundo, CEO da Gedisa, empresa que oferece gestão de geração distribuída no sul do país.

Para finalizar, é importante, sobretudo durante o inverno e principalmente para pessoas que moram em regiões mais frias, avaliar a possibilidade de troca de um sistema elétrico por um sistema a gás para aquecimento da água.

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