Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos Para Animais de Estimação (Abinpet) indicam que há 144,3 milhões de animais de estimação no país, incluindo cães, gatos, aves, peixes, répteis e pequenos mamíferos. Por considerarem os bichinhos membros da família, os tutores se preocupam cada vez mais com a saúde dos pets, pois querem sempre o melhor para os seus animais. Nesse cenário, um dos aliados para o bem-estar dos bichos é a fisioterapia veterinária.
Ressalte-se que o tratamento precisa ser indicado pelo médico veterinário, após realização de exame clínico, e que a fisioterapia deve ser realizada por fisiatra, que é o profissional habilitado para conduzir a prática.
“O fisiatra é o médico veterinário formado em instituição reconhecida pelo MEC que faz pós-graduação lato sensu, uma especialização, em fisioterapia animal. O fisiatra deve seguir uma filosofia para obter sucesso no tratamento dos pacientes, que contempla os seguintes princípios: atentar-se para evidências científicas de uso de cada exercício e modalidade, realizar os tratamentos de forma individualizada e avaliar o paciente como um todo”, explica Jennifer Hummel, médica veterinária e CEO da Mundo à Parte, maior franqueadora de fisioterapia animal do mundo.
Sem efeitos colaterais, a fisioterapia pode ser recomendada como tratamento principal ou auxiliar para pets com problemas ortopédicos e neurológicos. Em algumas situações, ajuda até mesmo a evitar a realização de cirurgias.
São inúmeros os casos em que o a fisioterapia é indicada, mas os mais comuns são para tratar dores articulares, hérnias de disco, displasia coxofemural, artrose, obesidade, trauma, luxação de patela e lesão no ligamento cruzado. A frequência e os exercícios, é claro, são personalizados, dependendo de avaliação individual do paciente.
“Como benefícios da fisioterapia, podemos citar o controle da dor, melhora na locomoção e amplitude de movimento, melhora da função estomacal devido à redução do uso de medicamentos, ações anti-inflamatórias, retorno da função motora e ganho de qualidade de vida”, afirma Jennifer.
Importante destacar que a fisioterapia pode ser combinada com outras técnicas clínicas, a fim de garantir o melhor resultado no tratamento, como: eletroterapia, que envolve a aplicação de corrente elétrica nos músculos do pet para estimular a musculatura e criar contrações musculares; laseterapia, que emite laser no local acometido; magnoterapia, que utiliza campos magnéticos que pulsam no tratamento de dores crônicas e também dores agudas; ultrassom, importante para o reparo dos tecidos e processos desinflamatórios; massoterapia, que lança mão de massagem no tratamento do animal; e hidroterapia, quando são realizados exercícios com bolas e em esteira dentro de uma piscina.