Confira qual o melhor momento para iniciar a adaptação escolar

Quem já passou em frente a uma escolinha infantil na hora da chegada dos alunos, principalmente nos primeiros dias de aula, provavelmente observou uma cena comum: crianças muito pequenas que choram ao se separar dos pais para encontrar, dentro dos portões, professores, coleguinhas e um mundo totalmente diferente do que conheciam até então. Começar a frequentar o ambiente escolar nem sempre é uma experiência fácil, mas, quanto mais cedo essa introdução for feita, melhor para o desenvolvimento infantil, garantem especialistas.

adaptação escolar

Moldado a partir de estímulos e do afeto, o cérebro infantil muitas vezes está tão habituado à vida e convivência familiar que é difícil enfrentar o novo universo representado pela escola. Esses espaços, no entanto, trazem muitos benefícios para os pequenos. Para a psicopedagoga e consultora pedagógica da Conquista Solução Educacional, Alene Bastos, “são esses espaços que oferecem um direcionamento para o brincar e o explorar o mundo de forma geral, com a mediação de profissionais altamente preparados para apresentar esse mundo às crianças”.

Qual a melhor idade para iniciar a adaptação escolar?

De acordo com a legislação brasileira, todo pai ou responsável é obrigado a matricular seus filhos em uma instituição de ensino quando eles completam quatro anos. É importante lembrar que essa não é a idade mínima, mas a máxima.

No Brasil, a realidade de muitas famílias impõe a necessidade de que as crianças já estejam em creches ou escolinhas bem antes dessa faixa etária. São pais que precisam voltar ao trabalho e não têm com quem deixar os pequenos. Para a especialista Alene, em média, a partir dos dois anos de idade já é recomendável que essa introdução seja feita.

Quais são os benefícios?

Assim que nasce e durante um bom tempo, a criança conhece bem pouquíssimos ambientes, como a própria casa e a casa de familiares, como tios ou avós. Também é comum que ela só conviva com um número limitado de pessoas, o que restringe a construção de suas relações sociais. Nesse sentido, a escola representa um salto em seu desenvolvimento.

O time formado por professores, equipe pedagógica e demais funcionários é preparado para auxiliar na interação dos pequenos com o mundo que os rodeia. Essa interação de qualidade permite que eles comecem a ter mais autocontrole e empatia, além de regular as próprias emoções. Até o choro ao se separar da mãe na porta da escola faz parte desse processo. Já dentro da escola, o convívio com outras crianças favorece a construção de um círculo de amizades.

Além disso, as rotinas estabelecidas pela escola são fundamentais. “

Ali, as crianças têm tempo e espaço adequadamente organizados para vivenciar novas experiências, como brincar livre, conhecer, ouvir histórias, alimentar-se com qualidade e até a hora do descanso ou soninho”,

afirma a psicopedagoga.

Outra vantagem é o desapego do ambiente exclusivamente familiar, o que permite melhorar fatores como autoestima, autonomia e autoconfiança.

Por fim, não é raro que os responsáveis relatem mudanças positivas até mesmo na alimentação das crianças depois que elas começam a frequentar a escola. “Em grupo, o espelhamento permite que elas experimentem determinadas frutas, legumes e verduras que, sozinhas, não aceitariam. Muitos pais trazem esse feedback para as equipes”, conta.

Há desvantagens?

Ao decidir se já é hora de começar a ir à escola, é fundamental colocar todos os fatores na balança.

“Uma das desvantagens é a exposição a diversas doenças de contato, já que o sistema imunológico das crianças ainda está em formação. Esse deve ser um ponto de atenção logo nos primeiros meses e os pais devem dar a devida importância a quadros recorrrentes”,

aconselha Alene.

Esse cenário pode ser minimizado com o acompanhamento de um pediatra. Outro ponto a ser observado é o comportamento. Para muitas crianças, a convivência com outros indivíduos é uma oportunidade de construção e socialização. Para outras, o contato muito cedo pode gerar problemas como a agressividade.

Nesse caso, as mudanças repentinas de comportamento são as principais formas de perceber que algo não vai bem. “Por se tratar de crianças bem pequenas, a maioria dos sinais não é verbal, de modo que os pais devem ficar atentos a pesadelos ou sono agitado, choro excessivo, irritação e falta de apetite, por exemplo”, ressalta. Quando isso acontecer, não é hora para desespero. O ideal é que os responsáveis procurem a coordenação da escola para que, juntos, possam encontrar as melhores soluções.

Entre no grupo do Massa News
e receba as principais noticias
direto no seu WhatsApp!
ENTRAR NO GRUPO
Compartilhe essa matéria nas redes sociais
Ative as notificações e fique por dentro das notícias
Ativar notificações
Dá o play plus-circle Created with Sketch Beta. Assista aos principais vídeos de hoje
Colunistas plus-circle Created with Sketch Beta. A opinião em forma de notícia
Alorino
Antônio Carlos
Claudia Silvano
Edvaldo Corrêa
Fabiano Tavares
Gabriel Pianaro
Guilherme C Carneiro
chevron-up Created with Sketch Beta.