Brasil tem mais 3.869 óbitos por Covid-19 e volta a registrar recorde diário

Por Gabriel Araujo

Mulher acompanha enterro da mãe, que morreu de Covid-19, em cemitério do Rio de Janeiro

SÃO PAULO (Reuters) – O Brasil renovou pelo segundo dia consecutivo seu recorde de mortes por Covid-19 registradas em 24 horas, com mais 3.869 óbitos nesta quarta-feira, segundo dados do Ministério da Saúde, cuja contagem total de vítimas fatais da doença saltou para 321.515.

Na véspera, o país havia contabilizado 3.650 mortes em decorrência de Covid-19 em apenas um dia.

Além disso, também foram notificados nesta quarta 90.638 novos casos de coronavírus, com o total de infecções confirmadas no país avançando para 12.748.747, de acordo com o ministério.

O Brasil possui o segundo maior número de casos e óbitos por Covid-19 no mundo, atrás somente dos Estados Unidos, mas neste momento lidera os registros globais diários em ambos os casos.

Um levantamento da Reuters indica que o Brasil é responsável, atualmente, por uma em cada oito infecções e por uma em cada quatro mortes registradas em todo o mundo a cada dia.

Com o recorde de óbitos desta quarta, a média móvel de 14 dias para as notificações de mortes no Brasil avançou para uma nova máxima de 2.620, enquanto a média para a contagem de casos foi a 75.350, apontou o Ministério da Saúde.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou para a disparada no número de casos da doença no país, indicando uma relação entre a nova onda e os feriados de Ano Novo e Carnaval.

A diretora-geral da Opas, Carissa Etienne, pediu que os governos “pensem bem” antes de relaxar medidas de contenção. O braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas ainda chamou atenção para a disseminação da variante P.1 no país, bem como para a sobrecarga do sistema de saúde.

Em boletim publicado na noite de terça-feira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicou que 17 Estados e o Distrito Federal possuem ocupação de mais de 90% dos leitos de Covid-19 para adultos, enquanto outros sete apresentam taxas entre 84% e 89%. Apenas Amazonas e Roraima estão abaixo do limiar de 80%, que determina o alerta crítico de ocupação.

Os pesquisadores da Fiocruz reafirmaram a necessidade de um lockdown por cerca de 14 dias, “tempo mínimo necessário para redução significativa das taxas de transmissão e número de casos (em torno de 40%) e redução das pressões sobre o sistema de saúde”.

Estado mais afetado pelo coronavírus em números absolutos, São Paulo atingiu as marcas de 2.469.849 casos e 74.652 mortes.

O secretário de Saúde paulista, Jean Gorinchteyn, afirmou nesta quarta-feira que o ritmo de internações por Covid-19 no Estado tem diminuído em relação aos números registrados em semanas anteriores, embora a taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) ainda esteja em 92,2%.

“Temos 12.975 pacientes internados nas nossas UTIs. Para se ter uma ideia, nós tínhamos, na segunda-feira, 12.945. Portanto, a ascensão, apesar de estar ocorrendo, vem num numerário muito menor do que aquilo que vínhamos acompanhando nas últimas semanas, com centenas de novas admissões”, disse ele em entrevista coletiva.

Conforme os dados do Ministério da Saúde, Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções pelo coronavírus registradas, com 1.123.913 casos, mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados, com 36.727 mortes.

O governo ainda reporta 11.169.937 pessoas recuperadas da Covid-19 e 1.257.295 pacientes em acompanhamento.

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