Condor recebe unidade móvel do Erasto Gaertner para prevenção e diagnóstico precoce contra o câncer

Como a pandemia do coronavírus afastou diversas pessoas dos consultórios médicos devido ao medo do contágio, o Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, criou a Unidade Móvel Conscientizar +, para visitar empresas e realizar ações voltadas à prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos cânceres mais frequentes. Neste quinta-feira (15), a unidade foi inaugurada no Condor Pinheirinho e ficará no local até está sexta-feira (16) para realizar atendimentos aos colaboradores da loja.

Inauguração unidade móvel. Foto: Divulgação

O ônibus possui a estrutura para o atendimento e uma equipe especializada em oncologia do Erasto à postos para prestar os serviços aos trabalhadores. Todos os procedimentos serão oferecidos no veículo, que tem em sua área interna dois consultórios, elevador (para acessibilidade de pessoas com dificuldade de locomoção), sala de reunião e banheiro. Na Unidade Móvel, os colaboradores terão acesso a exames físicos/clínicos de câncer de mama, de próstata, de pele, de boca e de colo do útero. Receberão também informações de conscientização e, em caso de diagnóstico ou identificação de sinais suspeitos que precisem de exames mais aprofundados, serão encaminhados ao Hospital Erasto Gaertner.

“Sabemos da importância do diagnóstico precoce no tratamento do câncer e uma iniciativa como essa irá contribuir para que as pessoas tenham acesso a um atendimento de qualidade com mais praticidade. Estou muito grato pelo Condor ter sido escolhido para o lançamento deste projeto e desejo que ele salve muitas vidas”, afirma o presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta.

Saúde para todos

A Unidade Móvel Conscientizar Mais é uma das ações do Programa Conscientizar +, que visa a levar conhecimento à população sobre a importância do diagnóstico de doenças para contribuir com o bem-estar físico e mental de todos e a melhoria de prognóstico nos casos oncológicos.

O projeto incorpora a missão da instituição de combater o câncer com humanismo, ciência e afeto, como define o superintendente da instituição de saúde, Adriano Lago.

“Levar esse projeto para a empresa é oportunidade ímpar para falarmos e trabalharmos com prevenção e promoção de saúde, que no âmbito mundial oferecem o melhor custo efetividade em qualquer doença. Estamos muito satisfeitos em podermos fazer esse trabalho, que traz cuidado e atenção”, salienta Lago.

O superintendente do Erasto ressalta ainda que os dados atuais são preocupantes e reforçam a importância de aderir a mobilizações como essa. Em virtude da pandemia, houve redução no acesso aos meios de prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 50% dos serviços governamentais de tratamento de câncer foram parcial ou totalmente interrompidos com a pandemia. A entidade prevê “um impacto no total do número de mortes por câncer nos próximos anos”.

No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, no triênio 2020/2022, haja 625 mil novos casos de câncer por ano. Só nos dois primeiros meses da pandemia, em 2020, calcula-se que entre 50 mil e 90 mil brasileiros deixaram de receber o diagnóstico de câncer, segundo apurado pelo Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e Sociedade Brasileira de Patologia (SBP).

O levantamento aponta, ainda, que houve redução de 70% no número de cirurgias de câncer e queda de 50% a 90%, dependendo do serviço, das biópsias enviadas para análise.

No Hospital Erasto Gaertner, houve uma queda média de quase 40% no número de diagnósticos de câncer em 2020, o que é explicado, segundo o diretor clínico da instituição, Sérgio Ioshi, pela ausência dos pacientes nas unidades de saúde e consultórios médicos para avaliações preventivas ou cuidados rotineiros, devido ao medo de contrair Covid-19.

“O impacto dessa diminuição já é percebido nas avaliações de tecidos coletados em cirurgia e exames. Constatamos o aumento da quantidade de casos avançados da doença e algumas áreas se destacam. Podemos citar como exemplo a quantidade de novos pacientes com câncer ginecológico, que caiu 55%”, explica Ioshi.

É importante informar à população: quem não procura atendimento médico tem um impacto muito ruim no tratamento, nas chances de cura e de sobrevida.

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