Dia 21 de junho é o início oficial do inverno, época responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias, em crianças entre 0 e 4 anos, segundo o Ministério da Saúde. Pensando nisso, confira algumas dicas para evitar doenças comuns no inverno.
Segundo o especialista em bacteriologia do LANAC (Laboratório de Análises Clínicas, Marcos Kozlowski) o aumento das infecções respiratórias durante o inverno, como resfriados, gripes e pneumonias, tendem a se proliferar, sendo que, por exemplo, o LANAC registra um aumento de cerca de 20% nos resultados positivos para infecções de vírus e bactérias durante os três meses de inverno.
“O aumento das infecções já começa no outono e se agrava mais na estação mais fria do ano. Isso acontece porque nessa época os vírus respiratórios têm maior estabilidade e conseguem sobreviver por mais tempo no ambiente, facilitando a transmissão entre as pessoas. Entre as infecções comuns, a gripe e o vírus influenza merecem atenção, já que são microorganismos que sofrem mutações frequentes, o que facilita a contaminação, uma vez que as vacinas precisam ser atualizadas anualmente”,
explica.
Além dos vírus, as infecções bacterianas também são preocupantes no inverno: a baixa umidade do ar resseca as mucosas, tornando-as mais suscetíveis à penetração de bactérias patogênicas. “A pneumonia bacteriana é uma complicação frequente de infecções virais, como a gripe. É essencial cuidar da saúde respiratória, principalmente em grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças”, reforça Marcos.
Prevenção das doenças no inverno
Marcos lembra que para prevenir infecções durante o inverno, medidas simples podem fazer a diferença.
“Lavar as mãos com frequência, manter ambientes bem ventilados e evitar o contato próximo com pessoas doentes são atitudes fundamentais. Além disso, é preciso reforçar a imunidade mantendo o corpo descansado e bem alimentado, e realizar a vacinação contra a gripe, que é uma das melhores formas de proteção contra esse vírus sazonal”,
conta.
Outras formas de prevenção também são importantes como higienizar bem os alimentos, especialmente saladas cruas, não reaquecer mais de uma vez a comida já pronta, consumir sempre água filtrada ou fervida e lavar bem as mãos antes e depois de usar o banheiro são formas de evitar contaminações.
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“Também é fundamental que as pessoas tenham cuidado com a automedicação e com o uso indiscriminado de antibióticos, que pode fazer com que bactérias comuns se tornem cada vez mais resistentes, sofrendo mutações e criando forte resistência aos medicamentos, tornando-se superbactérias”,
finaliza Marcos.