Especialista alerta para riscos de suspender a obrigatoriedade do uso de máscaras

O fim das restrições sanitárias contra a covid-19, como a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscaras em São Paulo a partir de 11 de dezembro, pode passar a sensação de que a pandemia acabou, mas os cuidados ainda devem ser mantidos, conforme alerta a farmacologista Soraya Smaili. 

Mulher usando máscara de proteção caminha na área de embarque do aeroporto de Vnukovo, em Moscou

“Considero uma decisão prematura. Não deveria retirar agora. Minha pergunta é: por que tirar a máscara, se ela não causa problema algum, se ela é uma medida de segurança para todos?”, questiona.

“Com o fim das restrições sanitárias em vários estados, as pessoas acabam tendo a sensação de que a pandemia acabou. E isso é perigoso”, afirma. “É importante notar que a queda no número de casos está acontecendo, nós estamos chegando aos números de abril de 2020, mas é preciso continuar a vacinação e, principalmente a utilização das máscaras e as medidas de distanciamento de segurança e de controle com as testagens. Tudo isso faz parte de um contexto para chegarmos ao objetivo e superarmos a pandemia”, alerta Soraya. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já manifestou preocupação com o aumento de casos de covid-19 na Europa, alertando que 700 mil pessoas podem morrer até março de 2022, caso medidas urgentes não sejam tomadas para que o avanço da pandemia seja contido. 

Dados oficiais mostram que o número de mortes pela doença passou de 2.100 para 4.200 por dia na Europa desde setembro. Os principais fatores que contribuem para este aumento são a predominância da variante Delta, a flexibilização das restrições sanitárias e a cobertura vacinal insuficiente. 

“Temos que continuar avançando. As pessoas que não tomaram a vacina devem procurar a vacinação e as pessoas que não tomaram a segunda dose devem observar seus esquemas vacinais. Há também aqueles que precisam tomar o reforço, com a terceira dose para idosos, profissionais de saúde e as pessoas imunodeficiências. Isso precisa continuar junto com o uso da máscara”, reforça.

Quarta onda da pandemia 

A diretora-geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da OMS, Mariângela Simão, alertou que o mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia. Com isso, mediante a situação na Europa e a chegada do Réveillon e do Carnaval, os cuidados devem ser redobrados no Brasil, sobretudo com a chegada de turistas. 

Soraya diz que não é hora para descuidar e a imunização é essencial. “Temos que continuar a vacinação, porque o Brasil atingiu pouco mais da metade da população com o esquema vacinal completo. Quando chegarmos a mais de 80-90% da população com as duas doses, com esquema vacinal completo, teremos um panorama um pouco mais sedimentado em relação ao momento epidemiológico e à proximidade da superação da pandemia”, avalia.

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