Explante de prótese mamária cresce no Brasil

Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, o número de explantes de prótese mamária cresce rapidamente no Brasil, sendo que em 2018 foram contabilizadas 14,6 mil cirurgias de retirada de silicone, em 2019 o índice pulou para 19,4 mil e em 2020, 25 mil. Comparado com o número de implantes que ainda são realizados no Brasil (200 mil), o número de explantes ainda é inferior, mas mostra um movimento cada vez mais forte no país.

Foto: Divulgação

Para o médico especialista em cirurgia plástica, Bruno Legnani, essa tendência algumas vezes tem relação com problemas relacionados às próteses, mas na maioria dos casos está relacionada com a mentalidade das mulheres, que hoje estão buscando voltar a conviver e aceitar as características naturais de seus corpos. No consultório, o médico registra aumento de 80% na procura pelo procedimento, somente no último ano.

É possível observar que a procura pelo explante tem como motivação um estilo de vida mais próximo ao reconhecimento do corpo e de suas características naturais, isso tem uma motivação social, que também caminha nessa direção. “Quando chega a hora de trocar a prótese, que dura em média 8 a 12 anos, a mulher está em outra fase da vida e não vê mais a necessidade de usar o implante. Existem casos relacionados a síndrome ASIA ((Autoimmune Syndrome Induced by Adjuvants, ou Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvante), que é a chamada doença do silicone, mas poucas mulheres se encaixam nesse quadro. A maioria quer tirar porque já não vê sentido em continuar com o implante”, explica.

Bruno reforça que há muitos mitos e verdades sobre o assunto, sendo importante esclarecer esses pontos, pois em muitos casos o silicone é a forma que muitas mulheres encontram de recuperar a autoestima. “O implante é algo seguro e que precisa de acompanhamento médico, independente da motivação. É importante reforçar sobre a segurança do processo, já que para os casos de reposicionamento de volume perdido em cirurgias como a do câncer de mama, por exemplo, essa é uma opção que ajuda na autoestima e na recuperação emocional das pacientes”, reforça. Em pacientes com doenças autoimune e inflamatórias, não se aconselha a colocação do silicone, pelo maior risco de contratura capsular.

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