Teve covid-19 e ficou esquecido? Cerca de 35% dos pacientes apresentam queixas de memória

Teve covid-19 e ficou esquecido? Conhece alguém que está passando por essa situação? Muitos especialistas estão pesquisando esse fato: a síndrome após a doença, relacionada ao esquecimento.


“São sintomas como perda de memória a curto prazo, falta de atenção e fadiga que acomete os infectados por semanas após os sintomas típicos da doença”, explica o neurologista e professor livre-docente em neurologia pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Renato Anghinah.

De acordo com o neurologista, o vírus não acomete diretamente o cérebro, a medula e nem os nervos. O que ocorre é que ele promove uma tempestade inflamatória no organismo, que não tem uma resposta imunológica. “Cerca de 35% dos pacientes curados apresentam queixas de mente nublada ou de prejuízo de memória”, conta o especialista.

Ele também afirma que é possível fazer um diagnóstico da síndrome em neurologia. “Se você contraiu o novo coronavírus e está com dificuldade de raciocinar, prestar atenção em algo, está trocando palavras, esquecendo coisas simples do dia a dia, vale procurar um especialista para fazer exames”, indica Anghinah. “Assim é possível descartar outros problemas que podem levar ao comprometimento cognitivo.”

As avaliações neuropsicológicas e exames de imagem podem ser sugeridos. Mas existem outros aliados, como o aplicativo ALTOIDA, que usa a realidade aumentada e a inteligência artificial para aprimorar os métodos atuais. “O paciente faz o exame em um tablet. São atividades lúdicas que mapeiam cerca de 750 biomarcadores digitais exclusivos do cérebro. Por ele, o médico recebe informações que ajudam a entender o que pode estar acontecendo com o cérebro naquele momento e sugerir alguns tratamentos, que vão de medicação a terapias”, revela o especialista. 

A ferramenta, que também é um apoio para o diagnóstico de demências, foi desenvolvida na Suíça por uma equipe de especialistas, cientistas, médicos e engenheiros, embasado em mais de 20 anos de pesquisas científicas. O software conta com 15 estudos científicos publicados no qual participaram mais de 3.500 pessoas. No mundo, mais de 120 mil pessoas já passaram por esse exame. 

Tem o reconhecimento do European Institute of Innovation & Technology (membro da União Europeia), aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre outros. Em agosto deste ano, recebeu o prêmio Breakthrough Devices Program pela agência americana FDA (Food and Drug Administration).

O exame já é realizado no Brasil. Em Curitiba, diversos consultórios estão utilizando.

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