O ministro da Educação, Victor Godoy, anunciou neste domingo que o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022 é “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil”. O cuidado com os povos originários, bem como com comunidades quilombolas existentes em todo o país, é um dos assuntos mais debatidos entre grupos que defendem os direitos humanos.
Para Milena dos Passos Lima, coordenadora do Ensino Médio do Sistema Positivo de Ensino, esse é um dos temas que costumam ser abordados em materiais didáticos e nas salas de aula devido à sua importância para a preservação da história e da memória brasileiras. “Tivemos uma boa surpresa com o tema, porque ele representa muito das nossas raízes. Os conflitos territoriais indígenas estão cada vez mais acirrados e a covid também afetou muitas comunidades indígenas. É um tema muito atual”, ressalta.
Tão temida quanto aguardada, a redação do Enem pode garantir uma boa pontuação para os candidatos. A pontuação correspondente a ela vai de zero a mil. De acordo com a assessora de Geografia do Sistema Positivo de Ensino, Rafaela Pacheco Dalbem, o tema deste ano está alinhado com o que costuma ser pedido no exame. “Se analisarmos a lista de assuntos dos últimos anos, podemos perceber que a maior parte deles está relacionada às Ciências Humanas. Então faz sentido, do ponto de vista da proposta do Enem, falar sobre os povos e comunidades tradicionais do Brasil. Esse é um assunto que diz respeito a todos nós, enquanto nação”, destaca.
Em 2021, o tema foi “Invisibilidade e Registro Civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”, enquanto, em 2020, os temas para a edição impressa e digital foram diferentes. Na prova impressa os candidatos precisaram falar sobre “o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. Já na prova on-line, o assunto foi “o desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil”. Quase 3,4 milhões de pessoas estão inscritas para o Enem 2022.