O Tribunal do Júri em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, condenou três ex-recrutas do Exército, denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MPPR), por homicídio triplamente qualificado contra um motorista de aplicativo. A soma das penas chega a 53 anos de prisão.
Luiz André Walylo, de 45 anos, foi morto em agosto de 2020. Além do homicídio, os denunciados foram condenados por ocultação de cadáver, furto qualificado e fraudes processuais (tentada e consumada).
Conforme a denúncia, os então militares – já afastados das Forças Armadas – eram amigos do motorista e costumavam beber juntos. No dia do crime, os condenados foram até a casa da vítima e o agrediram. O motivo seria um desacerto financeiro com o rapaz, que teria se negado a devolver certo valor aos recrutas, além de uma suposta investida dele, de caráter sexual.
Depois do homicídio os três levaram o corpo a uma região afastada, no município de Imbituva, e forjaram dados relativos ao ingresso deles no quartel. Confrontados pela investigação policial e por depoimentos de familiares do motorista, acabaram confessando. O MPPR sustentou como qualificadoras motivo torpe, mediante traição e recurso que dificultou a defesa da vítima – todas acatadas pelo Conselho de Sentença.
Um dos recrutas foi sentenciado a 16 anos, seis meses e 28 dias de reclusão em regime inicial fechado, além de multa, e os outros dois a 18 anos, quatro meses e 10 dias de reclusão e multa. Cabe recurso na decisão.
Informações do MPPR