Atividade fabril na China desacelera e fica abaixo do esperado, mostra PMI oficial

PEQUIM (Reuters) – A atividade fabril na China se expandiu em fevereiro em um ritmo mais lento do que no mês anterior, à menor velocidade desde maio passado e abaixo de expectativas do mercado, após breves interrupções relacionadas à Covid-19 no início do ano.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) para o setor manufatureiro chinês caiu para 50,6 em fevereiro, de 51,3 em janeiro, mostraram no domingo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês).

A leitura permaneceu acima de 50 pontos, marca que separa crescimento de contração.

Analistas esperavam que o índice caísse para 51,1.

A atividade fabril chinesa normalmente fica mais lenta durante o feriado do Ano Novo Lunar, quando trabalhadores voltam para suas cidades. Neste ano, o governo apelou para que os trabalhadores permanecessem em seus locais, uma forma de conter a disseminação da Covid-19.

De modo geral, a recuperação econômica da China vem ganhando ritmo devido a robustas exportações, demanda reprimida e estímulos governamentais.

O PMI oficial, que se concentra principalmente em grandes empresas e estatais, mostrou que o subíndice para novos pedidos de exportação foi a 48,8 em fevereiro, de 50,2 em janeiro, voltando à contração após meses impulsionado pela demanda externa.

Um subíndice de atividade entre as pequenas empresas ficou em 48,3 em fevereiro, contra 49,4 no mês anterior. As empresas menores foram mais afetadas pelos efeitos sazonais do Ano Novo Lunar, disse Zhao Qinghe, funcionário do NBS, em comentários divulgados junto com os dados.

Um subíndice de emprego no PMI oficial ficou em 48,1 em fevereiro, abaixo dos 48,4 de janeiro, uma vez que as empresas demitiram mais trabalhadores e a um ritmo mais rápido.

Ainda assim, algumas empresas do setor manufatureiro estão vendo crescente pressão devido ao aumento de custos trabalhistas e à escassez de trabalhadores, disse Zhao.

Os preços nas portas das fábricas da China subiram em janeiro pela primeira vez em um ano, à medida que meses de forte crescimento na fabricação aumentaram os custos das matérias-primas.

No setor de serviços, a atividade cresceu pelo 11º mês consecutivo, mas no ritmo mais lento em um ano.

(Por Gabriel Crossley)

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