Curitiba é a cidade com o maior PIB do Sul do país, diz IBGE

Apesar da pandemia, Curitiba manteve a posição de cidade com o maior Produto Interno Bruto (PIB) do sul do país em 2020. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

curitiba
(Foto: Daniel Castellano/SMCS)

Segundo a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2020, a capital paranaense ficou com 1,2% da soma das riquezas do país, na sexta colocação nacional, à frente de Porto Alegre (RS), na oitava colocação, com 1%, e Joinville (SC) na 25ª posição, com 0,4% de participação na economia brasileira.

Curitiba ficou atrás apenas de São Paulo (9,8%), Rio de Janeiro (4,4%), Brasília (3,5%), Belo Horizonte (1,3%) e praticamente empatada com Manaus (1,2%), que ficou na frente por uma diferença por pontos percentuais. A capital está entre os nove municípios que respondem por quase 25% do PIB nacional.

Em 2020, o PIB de Curitiba somou R$ 88,3 bilhões. Apesar da queda em relação a 2019 (R$ 96,1 bilhões) por conta do impacto econômico da covid-19, a capital ainda acumula um crescimento do seu PIB de 5,4% desde 2017. Entre 2017 e 2020, foram gerados R$ 4,6 bilhões a mais em riqueza na cidade.

O recuo no PIB de Curitiba não é um fenômeno isolado, segundo o IBGE. A pandemia de Covid-19 teve impacto significativo no PIB dos grandes centros urbanos, especialmente os que têm setor de serviços como a principal atividade econômica.  

“Os resultados de 2020 evidenciam que os efeitos da pandemia sobre as economias municipais variaram de acordo com a importância das suas atividades de serviços, sobretudo as presenciais. Isto porque estes serviços agregam as atividades com as maiores quedas de participação no país, entre 2019 e 2020, sendo as mais afetadas pelas medidas de isolamento social e queda da demanda durante o ano”, disse o Luiz Antonio de Sá, analista de Contas Regionais do IBGE.

 O ano de 2020 foi ainda mais difícil para economias municipais com preponderância de serviços, como Curitiba, lembra o diretor do centro de pesquisa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), Julio Suzuki. 

“No ápice da pandemia, houve um direcionamento do consumo de serviços para bens, o que prejudicou sobremaneira esse segmento”, lembra. “Mas a tendência é de retomada,  Atividades de alojamento e alimentação, por exemplo, vêm retomando satisfatoriamente”, completa.

Retomada

A Prefeitura de Curitiba vem empreendendo esforços para a retomada econômica pós pandemia e os resultados aparecem em vários indicadores. Há mais de um ano Curitiba está no topo das cidades que mais criam empregos com carteira assinada no país. 

A cidade gerou 38.584 empregos com carteira assinada de janeiro a outubro de 2022, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho. A cidade foi a quinta do país em número de empregos gerados, atrás de São Paulo (210.707), Rio de Janeiro (92.911), Brasília (50.764) e Belo Horizonte (46.787).

Curitiba é uma das cidades que mais vem investindo em desburocratizar e agilizar a abertura de empresas, como forma de induzir o crescimento da economia. Em três anos, o tempo de abertura de empresas foi reduzido em 95%. Em 2019, uma empresa levava em média quatro dias e 14 horas (110 horas). Hoje, leva, em média, 6 horas, 74% mais rápido do que a média brasileira, de 23 horas.

Como parte do esforço para acelerar a retomada econômica, a Prefeitura adotou também medidas de apoio financeiro em 2022, como o repasse de R$ 12 milhões para o Auxílio Alimentar, R$ 184 milhões para o pagamento de licenças-prêmio, R$ 144 milhões para antecipação de 50% do décimo terceiro salário, além do pagamento adiantado de precatórios, com R$ 76 milhões.

Do ponto de vista tributário, projetos como a redução da alíquota de ISS para o setor de franquias, de 5% para 2%, e desconto de 90% na alíquota de ITBI para contratos regularização de contratos de gaveta também são destaques.

Liberdade Econômica

Em 2022, a Prefeitura de Curitiba incluiu mais 61 atividades na chamada Lei da Liberdade Econômica, que dispensa licenciamento para atividades consideradas de baixo risco. Com isso, o número de atividades incluídas nesse parâmetro na cidade passou de 545 para 606. Essas empresas ficam dispensadas de alvará de licença para localização, licença sanitária e licenciamento ambiental.

Informações da Prefeitura de Curitiba

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