Manifestantes de centrais sindicais, entidades estudantis, partidos de oposição, grupos indígenas, dentre outros se reuniram neste sábado (19) em várias cidades do país em um novo protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. O novo ato foi marcado após os protestos realizados no dia 29 de maio deste ano.
Os manifestantes levaram bandeiras com pedidos de extensão do auxílio emergencial de R$ 600, ampliação da vacinação contra a covid-19, com a inclusão de outros grupos entre os prioritários, aumento das verbas para universidades públicas, ampliação dos subsídios para alimentação da população carente, críticas às políticas ambientais e de apoio a partidos políticos de oposição.
“Assassino!”, afirmou a aposentada Denise Azevedo, de 63 anos, que protestava no Rio de Janeiro. “Demorou a comprar vacina, quer a imunidade de rebanho, que não vai adiantar de porra nenhuma. A única imunidade que se consegue é com vacina”, disse, acrescentando que quase perdeu um primo para a Covid-19.
Em Brasília, as críticas ao governo se repetiam.
“Aqui hoje está acontecendo a manifestação de repúdio do povo a esse governo que tem negligenciado vidas, tem negligenciado pessoas que estão passando fome, com uma merreca de um auxílio emergencial que não dá para pagar nada. O sentimento aqui é de indignação, ninguém aguenta mais, o governo está pior do que o vírus”, disse o contador de 24 anos Caio Vinícius Silva, na capital federal.
As convocações para o “Fora, Bolsonaro”, sistematizadas pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, tinham como pretensão mobilizar mais pessoas do que as manifestações de 29 de maio.
Partidários e defensores de Bolsonaro questionaram as aglomerações causadas naquele dia por movimentos sociais, entidades estudantis, partidos políticos, centrais sindicais e até mesmo torcidas organizadas de futebol, entidades que criticam as concentrações de pessoas promovidas ou prestigiadas pelo presidente e seus militantes.
Os organizadores dos atos deste sábado mantiveram as orientações já passadas aos manifestantes em maio, pedindo o uso de máscaras com boa capacidade de proteção, que preservassem o distanciamento físico e utilizassem álcool gel, devido ao risco de contaminação por coronavírus. Também foi feita a recomendação que integrantes dos grupos de risco não comparecessem aos atos.
Informações da Agência Brasil