O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), denunciou, na segunda-feira (29), o alemão Uwe Herbert Hahn pelo crime de homicídio qualificado contra seu cônjuge, Walter Henri Maximilien Biot. A Promotoria também pediu a prisão preventiva do denunciado e reafirmou que não houve perda de prazo processual para apresentação da denúncia.
De acordo com o texto, no dia 5 de agosto, o alemão causou lesões corporais em Walter que o levaram à morte, dentro da residência do casal. “O delito foi cometido por motivo torpe, abjeto sentimento de posse que o denunciado nutria pela vítima, subjugando-a financeira e psicologicamente, e não admitindo que o ofendido tentasse estabelecer algum nível de independência do denunciado”, diz o documento.
Ainda segundo a denúncia, “o crime foi praticado com emprego de meio cruel: grave espancamento a que a vítima foi submetida, causando intenso e desnecessário sofrimento”. O delito foi cometido de forma a dificultar a defesa da vítima, que se encontrava com a capacidade de reação reduzida pela ingestão de bebida alcoólica e de medicação para ansiedade.”
Na última semana, Uwe Herbert teve a liberdade concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio, que alegou “flagrante excesso de prazo para a propositura da ação penal”, deferindo o relaxamento da prisão. Ele estava detido no presídio de Benfica, na zona norte da capital fluminense, desde o dia 6 de agosto, após ser preso em flagrante.
Testemunhas disseram à polícia que a relação dos homens era conturbada e que a vítima era humilhada constantemente. A diarista do casal declarou já ter notado manchas de sangue no travesseiro de Henri e disse que chegou a ver um corte na testa dele. O belga também teria contado ao irmão que sofria agressões do marido.
informações SBT News