Advogado de paranaense preso na Tailândia diz que rapaz não conhecia outros presos

O advogado da família do jovem paranaense preso na Tailândia por tráfico de drogas argumenta que ele é operário em Apucarana e não conhecia as outras duas pessoas que foram presas com ele, uma mulher de 21 anos e outro rapaz, de 27. A família teme pela vida do jovem, porque esse tipo de crime no país asiático pode ser punido até com a morte.

Foto: Reprodução/Rede Massa

O desembarque dos jovens aconteceu no dia 14 de fevereiro e, na alfândega, os fiscais encontraram Mary Hellen Coelho Silva e um homem ainda não identificado carregando nove quilos de cocaína em compartimentos ocultos na bagagem. Horas depois, o apucaranense Jordi Beffa, que tinha saído do Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, também foi preso ao ser flagrado com 6,5 quilos da mesma droga.

O rapaz paranaense ainda conseguiu entrar em contato com um amigo, por meio de uma mensagem de áudio. “Qualquer coisa cuida dos meus aí, tá bom, obrigada irmão, um abraço, eu não vou sair dessa”, disse Beffa, desesperado. Ele também enviou mensagens de texto pedindo para que o amigo cuidasse de sua mãe e revelou: “peguei o celular aqui rápido, mas não sei quanto tempo eu vou ficar. Cuida deles por mim”.

O advogado da família de Jordi, Petrônio Cardoso, revela que o jovem tinha emprego e que a família não sabia dessa viagem para o exterior. “Ele é operário de máquinas que trabalhava numa fábrica dessas de máscaras descartáveis em Apucarana até dias antes de ter embarcado para a Tailândia”, esclarece.

O defensor também revela que já tomou as primeiras medidas legais. “Até agora, o que nós fizemos foi entrar em contato com a embaixada brasileira em Bangkok, lá na Tailândia, e fomos orientados a juntar documentos e levantar situações com relação ao Jordi para poder orientar os advogados que vão atuar lá na Tailândia, porque lá eles exigem a presença de advogados tailandeses no caso”, explica Petrônio.

Além disso, a defesa tem outra dificuldade para entender o caso, já que ainda não conseguiu fazer contato com Jordi. “Ninguém ainda conseguiu falar com ele, nem memos a embaixada, porque ele foi conduzido a um presídio de uma cidade ao lado de Bangkok, onde está em área de isolamento por conta da covid. Então, o Jordi só estará disponível para fazer uma vídeochamada para os advogados e sua família a partir do dia 7 de março”, complementa.

“Até lá, nós aqui no Brasil estamos levantando toda a vida pregressa do Jordi para demonstrar que ele nunca foi sequer detido pela polícia, nunca respondeu um processo, o Jordi é absolutamente primário”, completa o advogado.

A defesa traça a estratégia que vai usar na tentativa de convencer a justiça tailandesa a não aplicar a pena de morte ao rapaz. A princípio, ele deverá confessar que era apenas uma mula do tráfico para, dessa forma, os advogados solicitarem que ele cumpra a pena no Brasil, com a repatriação.

Colaboração Eilsa Rossato/Rede Massa.

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