O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical) organizou a greve de dois dias da categoria. Entre terça (14) e quarta-feira (15), os servidores cruzaram os braços como protesto pelo “descaso do governo federal quanto à reestruturação devida aos auditores fiscais federais agropecuários (affas)”, segundo a entidade.
O que a categoria considera como “descaso” inclui “perdas inflacionárias e defasagem salarial de cinco anos”. Os auditores também reivindicam concurso público para suprir a demanda por mais 1.620 auditores. Além disso, o Sindicato vem tentando ampliar o debate do Projeto de Lei do Autocontrole (PL 1.293/2021), que terceiriza a auditoria e a fiscalização, atividades típicas do Estado. A ideia é que a sociedade seja melhor informada, com audiências públicas em comissões como a de Defesa do Consumidor e de Saúde.
O ANFFA destaca ainda que, mesmo em greve, manteve o ritmo normal de trabalho para as atividades que podem afetar diretamente o cidadão, como a liberação de cargas perecíveis e de animais domésticos para viagens.
A greve também não afetou a realização de diagnóstico de doenças e pragas para não comprometer programas importantes para o Brasil, de prevenção à febre aftosa, à peste suína africana (PSA) e a outras doenças que poderiam colocar em risco políticas sanitárias do setor agropecuário.
- Leia também: Órgãos públicos estaduais terão escala especial no Corpus Christi; confira o abre e fecha
No Paraná, são cerca de 240 auditores fiscais federais agropecuários. Eles são servidores de carreira do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), responsáveis por garantir a saúde animal, a sanidade vegetal e a qualidade e segurança dos produtos agropecuários que chegam até o consumidor final aqui no país e no exterior.