China chama de “absurda” teoria de que Covid vazou de laboratório; EUA pedem transparência

Por David Brunnstrom e Tom Daly e Michael Martina

REUTERS/Mark Schiefelbein

WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) – O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, enfatizou a necessidade de cooperação e transparência sobre as origens da Covid-19 em uma ligação com seu homólogo chinês, Yang Jiechi, nesta sexta-feira, e levantou outros tópicos controversos, incluindo Hong Kong, Taiwan e o tratamento da China com muçulmanos uigures.

Yang, o principal diplomata da China, expressou a Blinken a preocupação chinesa de que algumas pessoas nos Estados Unidos estejam espalhando a “história absurda” sobre o coronavírus ter escapado de um laboratório de Wuhan, afirmou a mídia estatal chinesa.

Yang, chefe da Comissão Central de Relações Exteriores do Partido Comunista da China, também disse a Blinken que Washington deveria lidar com as questões relacionadas a Taiwan “de forma cuidadosa e apropriada”, segundo a emissora estatal CCTV.

A ligação ocorreu antes de uma cúpula do G7 no Reino Unido com a presença do presidente dos EUA, Joe Biden, que deverá ser dominada pelos esforços liderados por Washington para conter a crescente influência da China.

As duas maiores economias do mundo estão profundamente divididas sobre questões que vão desde comércio e tecnologia até direitos humanos e o coronavírus. Washington deve trabalhar com Pequim para colocar os laços “de volta nos trilhos”, disse Yang.

De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, “ao abordar a pandemia de Covid-19, o secretário ressaltou a importância da cooperação e da transparência em relação à origem do vírus, incluindo a necessidade de estudos de Fase 2 da Organização Mundial da Saúde conduzidos por especialistas na China”.

Um relatório de um laboratório do governo dos EUA sobre as origens da Covid-19 concluiu que a hipótese de um vazamento viral de um laboratório de Wuhan era plausível e merecia uma investigação mais aprofundada, informou o Wall Street Journal na segunda-feira.

“Fazemos um apelo aos Estados Unidos que respeitem os fatos e a ciência, evitem politizar a questão… e se concentrem na cooperação internacional na luta contra a pandemia”, disse Yang.

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