Uma idosa de 78 anos estava viva quando foi dada como morta, em uma unidade de saúde do litoral gaúcho. O erro foi percebido pelo funcionário de uma funerária, quando o corpo foi retirado para ser encaminhado ao velório.
No dia 30 de dezembro, Clotilde Rieck passou mal e foi levada para fazer exames em um posto de saúde de Cidreira, município que fica a 100 quilômetros da capital, no litoral gaúcho. No local, foi constatado uma infecção urinária grave. Na manhã do dia 31, após duas paradas cardíacas, ele foi declarada morta. Três horas depois, no necrotério da unidade de saúde: a surpresa.
“O funcionário da funerária, quando foi fazer a remoção do corpo para o velório e preparação para o velório, ele que encontrou. Correu pelo hospital, pediu ajuda médica, porque ela estava urrando, debaixo de um cobertador”, disse a sobrinha-neta de Clotilde, Bianca Schneider.
Uma médica contratada por uma empresa terceirizada foi quem declarou o óbito. O número de registro do documento consta no prontuário da paciente, mas a família afirma que o laudo sumiu. A prefeitura de Cidreira afastou a profissional.
“A gente solicitou para a direção da empresa que ela não prestasse mais serviço aqui no nosso posto, como também de outros dois profissionais da área também aí”, afirmou o prefeito, Elimar Pacheco (PSDB).
Depois do susto, Clotilde foi transferida para um hospital de Porto Alegre, mas, na chegada, a família dela teve que lidar com outro problema. A idosa já constava como morta no sistema do SUS e não era possível fazer a internação. Mesmo assim, o hospital encaminhou a paciente para um quarto onde ela está se recuperando. A reportagem procurou a médica que assinou o óbito, mas ela não respondeu aos telefonemas.
A Polícia Civil já abriu uma investigação. Enquanto isso, dona Clotilde só espera pela hora de voltar à rotina. Ela diz estar melhorando e pontuou: “quero ir para casa ver minha gatinha”.
Informações de SBT News