Ucrânia enfrenta falta de produtos médicos e temor de doenças

A Ucrânia está enfrentando uma escassez de produtos médicos importantes e teve que interromper uma campanha urgente para conter um surto de pólio desde que a Rússia invadiu o país, disseram nesta terça-feira (1º) especialistas de saúde pública.

Necessidades médicas já são agudas e a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que os suprimentos de oxigênio estão acabando.

Temores de uma crise de saúde pública mais ampla estão crescendo, com as pessoas fugindo de casa, serviços de saúde sendo interrompidos e entregas de suprimentos não conseguindo chegar à Ucrânia, que já havia sido atingida pela pandemia de covid-19.

O porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, disse que a imunização de rotina e as tentativas de controlar um surto de pólio haviam sido suspensas na Ucrânia por causa da guerra. A OMS recebeu relatórios indicando que as campanhas de vacinação contra o coronavírus também foram suspensas em muitas partes do país.

Paralisia

Em outubro, a Ucrânia identificou o primeiro caso de pólio na Europa em cinco anos – um bebê de 17 meses que estava paralisado – e outro caso envolvendo paralisia foi detectado em janeiro.

Mais 19 crianças foram identificadas com a versão derivada da vacina de pólio, mas sem sintomas de paralisia.

Uma campanha nacional de imunização contra a pólio para alcançar 100 mil crianças desprotegidas na Ucrânia começou em 1º de fevereiro, mas foi interrompida desde que os conflitos começaram, com as autoridades sanitárias focando em tratamentos de emergência.

A OMS disse, ainda, que a falta de energia em algumas regiões afetou a segurança do estoque de vacinas, e a vigilância foi atrapalhada.

“A OMS está trabalhando para desenvolver planos de contingência com urgência para apoiar a Ucrânia e evitar a disseminação da pólio causada pelo conflito”, disse Jasarevic.

A Rússia classifica suas ações na Ucrânia como uma “operação especial” para destruir as capacidades militares do vizinho e capturar o que considera nacionalistas perigosos e nega estar visando civis.

A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Aids disse que no país os estoques para pacientes com a doença são suficientes para menos de um mês de cobertura.

Informações da Reuters

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