O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou neste domingo (10) que, se o Congresso derrubar o veto à distribuição gratuita de absorventes para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade ou privadas de liberdade, o governo tirará dinheiro das áreas da saúde e educação para bancar a medida. A declaração foi feita no Guarujá, no litoral paulista, onde o chefe do Executivo passa o feriado prolongado.
Na tentativa de justificar o veto, Bolsonaro voltou a dizer que a projeto não apresentou a fonte de custeio: “Olha, a deputada, autora do projeto [Marília Arraes], ela sabe que a inteligência pode usar para o bem ou para o mal, igual uma arma, carro. Ela sabe que quando você apresenta um projeto que tem despesa, tem que apresentar fonte de custeio. Se eu sancionar, eu estou incurso em crime de responsabilidade, pelo artigo 85 da Constituição. Processo de impeachment”.
“Agora, ela podia já que, nessa linha, do tudo é fácil, ela poderia apresentar um projeto passando o salário mínimo para R$ 5 mil ou botar a gasolina a R$ 3 mil, que é a mesma coisa. Apresenta, apresenta. Resolve na canetada as coisas, no voto. Isso é uma irresponsabilidade. Pega pessoas mais humildes, que precisam, a despesa ela alega em torno de R$ 100 milhões. É muito mais, pela quantidade de pessoas, pela distribuição. Ela bota distribuição gratuita. Não é a cegonha que vai levar o Modess [marca de absorvente] para o Brasil todo”, completou.
As informações são do SBT News.