Advogados são investigados por aplicarem golpes em familiares de presos na RMC

O Ministério Público do Paraná (MPPR) em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, denunciou dois advogados e três assessores investigados pela prática dos crimes de organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Eles são suspeitos de aplicarem golpes em familiares de pessoas presas.

Foto: Reprodução/EBC

Antes da denúncia, os investigados foram alvos de mandados de prisão e de busca e apreensão. Um dos advogados e um assessor estão presos, outro advogado cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e dois assessores encontram-se foragidos. A denúncia foi formulada pela 3ª Promotoria de Justiça de Araucária, que está à frente das investigações do caso.

De acordo com o MPPR, o grupo criminoso tomava conhecimento das prisões em flagrante ocorridas em Araucária, principalmente durante os plantões. Após obterem informações pessoais dos presos, eles entravam em contato com os familiares, apresentando-se como advogados contratados pelo preso, e exigiam valores sob a justificativa de pagamento de fiança ou honorários advocatícios.

Os pedidos de pagamento eram feitos com a promessa de obtenção da liberdade dos presos. Como parte da estratégia, os advogados forneciam peças dos autos de prisão em flagrante, pressionando os parentes a efetuarem os pagamentos, alegando que, caso a fiança não fosse paga, o detido seria transferido para um presídio, o que gerava grande preocupação – muitas das vítimas eram pessoas idosas e com condições financeiras limitadas.

Os valores eram pagos em espécie, por intermédio de operações de débito e crédito, por depósito ou via PIX, em sua maioria, para uma sociedade empresarial limitada sem registro na OAB/PR. Mesmo recebendo os valores, os investigados pediam a dispensa ou redução da fiança, sob o argumento de que os familiares não possuíam condições financeiras. Com o deferimento dos pedidos pelo Juízo, o grupo se apropriava das quantias, uma vez que as vítimas não eram comunicadas da isenção ou redução das fianças.

A investigação apontou também que dois assessores do escritório investigado apresentavam-se como advogados sem possuírem inscrição da OAB. Eles inclusive já teriam sido condenados pela prática de outros crimes, dentre eles, de estelionato, com trânsito em julgado.

A Promotoria de Justiça em Araucária orienta a quem acredite ter sido lesado a procurar a sede da OAB/PR de sua localidade, o Cartório da Vara Criminal ou as Promotorias de Justiça.

Informações do MPPR

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