As secretarias estaduais da Justiça, Família e Trabalho; da Educação e do Esporte; e a Casa Civil estabeleceram uma parceria para abrir oportunidade a estudantes da rede estadual do Paraná aliarem formação técnica, profissional e remuneração mensal sem que precisem deixar o estudo formal. É o Cartão Futuro, um programa que incentiva a manutenção e a contratação de jovens aprendizes por empresas paranaenses.
Pelo programa, o governo paga uma parte do salário de estudantes entre 14 e 21 anos contratados pelas empresas. Com isso, abre as portas para o primeiro emprego e ainda ajuda a combater o abandono escolar.
Serão disponibilizados R$ 57,8 milhões em subsídios para o programa, sendo R$ 50 milhões do Fundo da Infância e Adolescência (FIA), deliberados pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), e o restante do Fundo Estadual de Combate à Pobreza.
A expectativa é que o Cartão Futuro incentive a contratação de 20 mil aprendizes, preferencialmente em microempresas e empresas de pequeno porte, que não são obrigadas por lei a empregar jovens aprendizes. E que possibilite a manutenção de até 15 mil contratos de trabalho já em andamento.
Mapeamento
A Secretaria estadual da Educação e do Esporte vai indicar as localidades que apresentam maiores índices de abandono escolar e também com oferta de estudantes no ensino técnico. Através desses dados, servidores das 216 Agências do Trabalhador e Postos Avançados irão às escolas para intermediar as vagas disponibilizadas pelas empresas da região.
Nas apresentações feitas nas escolas é feito o cadastro dos estudantes da Educação Profissional. 297 escolas localizadas em 167 municípios, de todos os 32 Núcleos Regionais da Educação, ofertam cursos profissionais.
O Estado tem 1,044 milhão de estudantes matriculados em 2.116 escolas nos 399 municípios. A prioridade do programa é atender sobretudo os jovens que estejam em situação de vulnerabilidade social.
O auxílio financeiro pago pelo governo por meio do Cartão Futuro é de R$ 300 e pode chegar a R$ 450 para jovens com deficiência, egressos de unidades prisionais, do Sistema de Atendimento Socioeducativo ou que estejam cumprindo medidas socioeducativas. O subsídio é mensal durante o período de até dois anos. Caso o contrato de trabalho já esteja em vigor, o programa irá garantir três meses de forma emergencial, para a manutenção da vaga.
Informações da Agência Estadual de Notícias