“Carro voador” em Curitiba? Capital abre portas para 1ª decolagem do modelo

O reconhecimento internacional de Curitiba como cidade inteligente e inovadora fez com que a empresa chinesa EHang, uma das líderes do mercado mundial em mobilidade urbana aérea, escolhesse a capital paranaense para sediar o primeiro voo na América Latina de uma espécie de “carro voador”.

Foto: José Fernando Ogura/SMCS

Conhecida como eVTOL, essa espécie de aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical promete ser a revolução em mobilidade urbana e já vem sendo testada em fase comercial em outros países do mundo.

A proposta de ter a capital paranaense para iniciar as operações no Brasil foi apresentada ao prefeito Rafael Greca na tarde desta quinta-feira (19), na sede da Prefeitura, o Palácio 29 de Março. 

Em seu gabinete, Greca recebeu os sócios da AT Global, representante da empresa chinesa no Brasil, e abriu as portas da cidade para que a empresa realize os estudos de viabilidade para a realização de decolagens do eVTOL (sigla em inglês para aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical, uma espécie de drone gigante que realiza voos autônomos para transportar pessoas sem a necessidade de um piloto). 

“O futuro aterrissou dentro da Prefeitura de Curitiba esta tarde. Fomos apresentados ao eVTOL e nós, como cidade inovadora, autorizamos os estudos para que este tipo de veículo faça um percurso nos céus curitibanos. Quero isso o mais cedo possível porque quero que Curitiba entre pela porta da frente no futuro” destacou o prefeito. 

Para que o projeto se concretize, a EHang, por meio da AT Global, vai também buscar a regulamentação de voos tripulados neste tipo de aeronave junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A intenção é que uma primeira demonstração, ainda sem tripulantes, seja realizada durante a quarta edição do Smart City Curitiba Expo, que será realizada entre 22 e 24 de março.

O que é o eVTOL

Apesar de ainda parecer uma possibilidade de transporte para o longo prazo, o eVTOL é uma opção para a criação de um novo sistema de mobilidade urbana e que já é realidade em outras cidades do mundo.

Trata-se de um veículo inteligente, sem piloto, que realiza percursos previamente programados, com tecnologia semelhante aos drones. Sua proposta é ser mais popular que o helicóptero – com quem compartilha a forma de pouso e decolagem, feitos na vertical – com menor custo e maior agilidade.

Cidades da China, Seul, Canadá e Estados Unidos, por exemplo, já receberam testes de voos tripulados. Na semana passada, foi a vez da Espanha: o EHang 216 foi testado, onde o objetivo é usar os veículos aéreos autônomos em missões de emergência da Polícia Espanhola.

Sustentabilidade do ‘carro voador’

Apresentado como uma alternativa de mobilidade segura, o eVTOL também se alinha com as políticas sustentáveis, por não ter a emissão de CO2.

Além de realizar voos comerciais ou turísticos de viajantes, também pode atuar em logística, na entrega mercadorias; na segurança pública, em operações de vigilância, de resgate e de acesso a áreas de risco; também na saúde, agilizando deslocamentos de emergência e de transporte de órgãos para doação, entre outras possibilidades.

Essas aeronaves funcionam com bateria elétrica e podem atingir até 3 mil metros de altitude. 

Revolução aérea

Outras empresas também investem no desenvolvimento dos eVTOL apostando nessas aeronaves como a nova revolução aérea e também em estrutura de decolagem e pouso, os vertiportos (porto para voos que iniciam na vertical).

A EHang se destaca pelo know how nesse tipo de aeronave autômoma e na operação de drones para logística e apresentações aéreas. Quem também desenvolve projetos de eVTOL é a Tesla, de Elon Musk, e a brasileira Embraer. Empresas de diferentes setores da aviação, como a Boeing e a Azul, e até mesmo as automotivas, como a Porsche, também estão atrás da sua fatia neste novo mercado.

Em novembro passado, uma parceria entre as empresas Volocopter, a Skyports e o Grupo ADP inaugurou o primeiro vertiponto na França, nos arredores de Paris, com foco em iniciar os voos comerciais para as Olimpíadas de 2024, na capital francesa.

Vertiporto 

Na apresentação do eVTOL ao prefeito Rafael Greca desta tarde, também foi exibido o projeto de vertiponto para a cidade, criado pela fundadora da curitibana Arquitetare, Elaine Zanon. 

A proposta inicial seria instalar a estrutura no Parque Barigui, para sobrevoos sobre o parque e pouso em uma menor área chamada de “vertiponto”. 

A viabilidade da instalação do vertiporto também será avaliada nos estudos para trazer a inovação para a capital paranaense, o que inclui investimentos necessários e até mesmo o local de sua instalação.

Informações da Prefeitura de Curitiba

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