Empresas envolvidas em cortes de árvores terão alvará cassado

Com a colaboração de Prefeitura de Curitiba e Polícia Civil

As empresas investigadas pela Polícia Civil por cortes ilegais de árvores devem ter o alvará cassado pela Prefeitura de Curitiba. A informação foi revelada pelo prefeito Rafael Greca nesta terça-feira (11) durante encontro com o delegado Guilherme Luiz Dias, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).

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Foto: Arquivo/Daniel Castellano/SMCS

Uma operação deflagrada nesta manhã prendeu seis pessoas suspeitas de promover o corte ilegal de árvores. São diretores e responsáveis por empresas de publicidade que teriam praticado o crime ambiental para melhorar a visualização de outdoors e painéis nas principais avenidas de Curitiba.

“Em maio deste ano cortaram seis ipês adultos no Juvevê e espalharam uma fake news nas redes sociais dizendo que a Prefeitura tinha cortado para facilitar a leitura dos radares de trânsito. Isso chamou minha atenção e fizemos um boletim de ocorrência na Delegacia de Meio Ambiente”, revelou o prefeito Rafael Greca.

As investigações começaram em maio, após denúncia da Prefeitura. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente apresentou um dossiê de todos os cortes e podas de árvores feitos na cidade.

As secretarias municipais do Meio Ambiente e do Urbanismo vão iniciar o processo de multas e para a cassação do alvará de funcionamento das empresas de publicidade envolvidas na investigação.

Empresas promoveram cortes de árvores sem autorização

Em nota, a Polícia Civil confirmou que prendeu seis pessoas ligadas ao grupo criminoso responsável por cometer os crimes ambientais.

A ação deflagrada durante a manhã desta terça cumpriu mandados nos bairros Capão Raso, Batel, Tingui, Uberaba, Barreirinha e Centro, em Curitiba, além dos bairros Centro e Alphaville, em Pinhais, na Região Metropolitana.

Segundo a polícia, o grupo era composto por pessoas físicas e jurídicas que faziam o corte de árvores sem permissão. O objetivo era melhorar a visualização dos painéis de publicidade vendidos pelas empresas investigadas.

“Nenhum desses cortes, que foram em mais de 45 locais identificados, haviam licença ambiental. Alguns locais foram feitos cortes em outras três oportunidades, ou seja, a Prefeitura replantou e o corte foi feito novamente”, afirma o delegado Guilherme Dias.

Os investigados responderão pelos crimes de destruição de vegetação do bioma Mata Atlântica, destruição de plantas de ornamentação públicas, utilização ilegal de motosserra, poluição e associação criminosa. As penas podem chegar a até 13 anos de prisão.

Sindicato emite nota sobre empresas que fizeram corte irregular de árvores

Em nota divulgada nesta sexta-feira (14), o Sindicato das Empresas de Publicidade Externa do Estado do Paraná (Sepex) se colocou à disposição das autoridades para elucidar o caso e buscar a punição adequada aos responsáveis pelos crimes ambientais.

Confira a nota na íntegra:

Diante das notícias veiculadas a respeito da operação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) neste dia 11 de julho, que relatam a prisão de suspeitos envolvidos no corte ilegal de árvores na região de Curitiba-PR sob suposto interesse de empresas de publicidade exterior a fim de favorecer a visualização de painéis, viemos informar que, na figura de representantes do setor no Estado, estamos acompanhando os desdobramentos da referida investigação dentro de nossas atribuições legais para colaborar com as autoridades e elucidar o caso e punir os responsáveis pela ação indevida.

Representamos dezenas de empresas, apoiamos iniciativas do setor e contribuímos de maneira inequívoca ao progresso econômico e social de empresas e atividades dos mais diversos segmentos a partir das campanhas de mídia produzidas por nossos associados. Estamos atentos e antenados a projetos pró-ambientais de nossos parceiros, incentivando atividades que tenham um impacto positivo de sustentabilidade.

Temos nos posicionado historicamente contra ações indevidas de empresas de mídia que atuam no setor, inclusive com denúncias a órgãos responsáveis sobre irregularidades e/ou outras condutas antiéticas. Sempre de forma enfática, cobrando o devido cumprimento da legislação em vigor, inclusive neste caso.

Reiteramos novamente nosso compromisso com a promoção de boas práticas ambientais a partir de nossos associados, enquanto acompanhamos o caso em questão com o máximo interesse. Estamos à disposição das autoridades para ajudar da forma que for necessária.

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