Greve na Urbs: possível demissão em massa preocupa sindicato

Com a colaboração de Manoel Costacurta/Rede Massa

Dezenas de trabalhadores da Urbs entraram em greve no início desta semana em protesto contra uma possível demissão em massa e para pressionar a empresa a renovar o acordo coletivo de trabalho. A greve na Urbs, a princípio, não afeta a circulação dos ônibus, mas alguns serviços do cartão-transporte e de fiscalização devem ser prejudicados nos próximos dias.

Foto: Reprodução/Rede Massa

A mobilização acontece na rodoviária de Curitiba, onde fica a sede da Urbs. Usando nariz de palhaços, os funcionários da Urbs entendem que a renovação do acordo coletivo é necessária para manutenção dos direitos trabalhistas.

De acordo com Valdir Mestrini, presidente do sindicato que representa a categoria, “o número de pessoas paradas nos surpreende, a cada momento pessoas estão chegando porque a Urbs está espalhada por toda Curitiba”. De acordo com a entidade, cerca de 50% dos trabalhadores já aderiram à greve na Urbs, mas a perspectiva é de que o número de pessoas paradas aumente nos próximos dias.

Greve na Urbs: medo de demissão em massa

Os grevistas querem a renovação do acordo coletivo de trabalho, que prevê folga dupla dos agentes de fiscalização, reposição salarial e outros benefícios. Mestrini, no entanto, acredita que essa negociação deve acontecer de forma tranquila. Para ele, o problema é a terceirização de alguns serviços, com possibilidade de demissão em massa de trabalhadores.

“A principal reivindicação da greve é a Urbs não alterar o processo administrativo disciplinar que ela pretende alterar pra poder demitir trabalhadores sem nenhuma justificativa, apenas pela vontade da empresa”, argumenta o presidente do sindicato. Pela regra atual, as demissões só podem acontecer por justa causa, conforme determina a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Urbs se posiciona sobre greve e rebate números

Em nota, a Urbs informou que a adesão à greve é inferior a 20%, rebatendo os números divulgados pelo sindicato, e assegura que não há comprometimento no atendimento ao cidadão e aos passageiros do transporte coletivo. A empresa também informou que foram realizadas várias reuniões com o sindicato, mas não houve apresentação contraproposta formal.

Uma nova rodada de conciliação será realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas ainda não há data marcara para o encontro. A Urbs ressalta ainda que os serviços de limpeza e jardinagem já são terceirizados na maioria dos órgãos públicos e, por isso, promove a transição de maneira gradativa, desde 2018.

Por fim, a empresa reforça que a medida atende a recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) com relação à redução de custo com pessoal dentro da empresa.

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