Produção de ovos bate recorde com carne cara no Brasil

LEONARDO VIECELI
RIO DE JANEIRO, RJ – Em 2021, a produção de ovos de galinha voltou a bater recorde no Brasil, indicou nesta quinta-feira (22) uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O país produziu 4,8 bilhões de dúzias no ano passado, alta de 1,7% em relação a 2020.

Foto: Adobe Stock

Tradicionalmente, o ovo é considerado um substituto das carnes em tempos de pressão inflacionária, já que costuma ter preços mais acessíveis. Esse ponto foi sinalizado pelo IBGE na PPM (Pesquisa da Pecuária Municipal) 2021.

“No mercado interno, com a alta no preço das carnes, a demanda por ovos de galinha cresceu, e o produto atingiu novo recorde de produção”, apontou o levantamento.

A série histórica da PPM teve início em 1974. A produção de ovos vem subindo desde 1999.

Segundo o IBGE, o maior destaque entre os municípios veio de Santa Maria de Jetibá (a 85 km de Vitória), no Espírito Santo. A produção local chegou a 339,5 milhões de dúzias em 2021, a maior do país.

No ano passado, as carnes acumularam inflação de 8,45% no Brasil, conforme o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), também calculado pelo IBGE.

Os cortes com as maiores altas foram filé-mignon (30,91%), carne de carneiro (17,71%), picanha (17,36%), fígado (14,73%) e músculo (12,02%).

Apesar de custar menos do que as carnes, o ovo de galinha não escapou da carestia. A inflação medida pelo produto no IPCA foi de 13,24% até dezembro.

LEITE ESTACIONA

A PPM também investiga leite, ovos de codorna, mel, casulos de bicho-da-seda e lã, além dos ovos de galinha, como produtos da pecuária. Os itens tiveram valor de produção de R$ 91,4 bilhões em 2021.

O leite e os ovos de galinha foram os mais representativos. Tiveram participação de 74,5% e 23,9% no valor total, respectivamente.

A produção de leite atingiu 35,305 bilhões de litros em 2021. O resultado ficou levemente abaixo do recorde verificado em 2020 (35,316 bilhões).

O IBGE destacou que o ano passado foi marcado por seca e geadas, o que reduziu a qualidade das pastagens e dos grãos usados na alimentação das vacas. Com o impacto na produtividade e o aumento dos custos, houve desestímulo para os produtores, aponta o instituto.

O município paranaense de Castro (a 160 km de Curitiba) ocupou a liderança da atividade. A produção local foi de 381,7 milhões de litros.

MEL VOLTA A CRESCER

A pesquisa ainda apontou recorde no mel. A produção nacional chegou a 55,8 mil toneladas em 2021. A alta alcançou 6,4% em relação ao ano anterior.
O município líder na produção de mel foi o paranaense Arapoti (a 251 km de Curitiba), com 925,6 toneladas.

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