Eventos do Museu Paranaense com artista indígena surpreendem público de Curitiba

Mais de 200 pessoas acompanharam os eventos promovidos neste sábado e domingo (19 e 20) pelo Museu Paranaense (Mupa), em Curitiba. O local recebeu a mestre em biologia e artista indígena contemporânea Uýra, diretamente da Amazônia. A artista foi um dos destaques da última edição da Bienal de São Paulo e vem promovendo, no Brasil e no mundo, por meio de suas pesquisas e proposições estéticas, reflexões latentes e profundas sobre ecologia, identidades, futuro, colonialidade, história e apagamentos.

Foto: Kraw Penas/SECC

No sábado, cerca de 60 pessoas acompanharam atentas a fala de Uýra no Museu, acompanhada da artista visual e cineasta manauara Keila Sankofa. Uýra falou sobre sua vivência como indígena, artista e pesquisadora em Manaus, território industrial localizado no meio da floresta, seus interesses pelos sistemas vivos e suas violações, decolonialidades, memórias e diásporas indígenas. Já Keila Sankofa apresentou sua vivência e atuação como artista visual e cineasta. Suas produções utilizam a fotografia e o audiovisual como ferramentas para propor autoestima e questionar apagamentos de pessoas negras.

No domingo, a performance “Ponto Seguido, Ponto Final” de Uýra extrapolou o espaço físico do Mupa e tomou a Praça João Cândido, no Centro Histórico de Curitiba. Depois de passar pelo Kunnstraum Museum, nas ruas de Viena (Áustria), e pelo Castelo Di Rivolli, na Itália, essa foi a primeira vez que a proposta foi apresentada no Brasil, com público atento e participativo. Por meio dessa performance, a proposta da artista é pensar e ativar ressurgimentos de vida coberta pelas materialidades e imaginários coloniais — as terras, memórias, águas e florestas que dormem debaixo dos asfaltos.

PROGRAMA PÚBLICO

Os eventos do final de semana integram a programação do Programa Público “Se enfiasse os pés na terra: relações entre humanos e plantas” que segue ativo até o mês de maio no Museu Paranaense. O programa é formado por uma série de ações artísticas, educativas e culturais, em que o público é convidado a aproximar-se das múltiplas formas de vínculos entre seres humanos e seres vegetais.

Uma das ideias gerais do projeto é reafirmar a importância da cultura imaterial, dos saberes ancestrais de pessoas enraizadas em seus territórios, bem como da potência do museu enquanto espaço de relações. Por meio de mesas redondas, conversas, atividades práticas e ações artísticas, o projeto tem como objetivo promover o encontro entre os sujeitos que carregam consigo uma relação estreita com as plantas — das mais diferentes formas — e o público do Mupa.

As informações são da AEN.

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