Ferrovia do Paraná tem crescimento de 13% na movimentação de contêineres no 1º semestre

O balanço operacional da Ferroeste (Estrada de Ferro Paraná S/A) dos primeiros seis meses do ano indica que a empresa deve manter o bom desempenho, também registrado em 2019 e 2020.

Foto: Jonathan Campos / AEN

Entre janeiro e junho, circularam pelos trilhos da ferrovia, entre Cascavel e Guarapuava, 6.638 contêineres, um volume 13% superior em comparação com os seis primeiros meses de 2020 (5.873).

Foram 800 mil toneladas de produtos, crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado (775 mil). Grãos de soja (550 mil/ton) e proteína animal (240 mil/ton) lideram a lista e praticamente correspondem à totalidade do que foi transportado. A empresa também movimentou produtos industrializados e fertilizantes.

Segundo a estatal, a alta pegou carona no aumento da produção de proteína animal no Paraná. Com esses números, há expectativa de ultrapassar a barreira de 1,3 milhão de toneladas do ano passado (janeiro a dezembro).

Nestes primeiros meses a empresa também registrou lucro operacional de R$ 400 mil (já descontada a depreciação) e pode repetir o desempenho dos anos anteriores, encerrando o ano no azul. O resultado foi conquistado pela mudança de gestão que permitiu a geração positiva de caixa em 2019 (R$ 453 mil) e 2020 (R$ 1,27 milhão).

Perfil

Quase tudo que percorre os trilhos da Ferroeste é produzido na região Oeste do Paraná. O restante vem do Mato Grosso do Sul e do Paraguai. Cerca de 60% da soja segue com destino ao Porto de Paranaguá e os outros 40% desembarcam em Guarapuava para beneficiamento no município. 

“Os vagões descem com soja e contêineres refrigerados e voltam com fertilizantes para as cooperativas locais que fazem a distribuição na região. Existe ainda um fluxo interno de cimento na região”, explicou o diretor de produção da Ferroeste, Gerson Almeida.

O diferencial para esses resultados, segundo ele, foi a gestão de custos e a otimização das viagens para exportação e importação. Essa cadência ajudou, principalmente na redução do consumo de óleo diesel, que representa 35% do custo operacional. A regra é não perder nenhuma possibilidade de negócio. 

Ferrovia

A Ferroeste opera um trecho que 246 quilômetros. O pátio da região Oeste abriga 14 empresas com um mix de produtos que varia entre químicos, cimento, grãos e farinha de trigo.

Dois estudos que estão em andamento avaliam a viabilidade técnica e econômica (EVTEA-J) e outro de impacto ambiental (EIA/RIMA) para a Nova Ferroeste, ligação entre Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e Paranaguá, além de um ramal entre Foz do Iguaçu e Cascavel. O novo traçado, que vai utilizar a estrutura existente, passa por oito cidades do Mato Grosso do Sul e 41 do Paraná, e terá 1.285 quilômetros, 400% a mais que o original.

O projeto deve ser finalizado em 2021 e levado para uma série de audiências públicas em todas as regiões impactadas. O investimento estimado é de R$ 25 bilhões. A execução será responsabilidade do vencedor do leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), com previsão para o primeiro quadrimestre de 2022.

Informações da AEN

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