A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (14) uma operação em conjunto com a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal, para desarticular um grupo que seria responsável por inserir dados falsos em sistemas do Sistema Unificado de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde, para receber verbas federais decorrentes de emendas parlamentares.
Segundo a Polícia Federal, 60 policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária, nos municípios de Igarapé Grande, Lago do Junco, Lago dos Rodrigues, Caxias e Timon; todos no Maranhão. E também em Parnaíba e Teresina, no Piauí.
Ainda de acordo com a PF, as investigações “apontaram que o município de Igarapé Grande (MA) teria informado, em 2020, a realização de mais de 12,7 mil radiografias de dedo, quando a sua população total não supera os 11,5 mil habitantes, fato que culminou na elevação do teto para o repasse de recursos que financiam ações e serviços de saúde no ano seguinte”, esclareceu a Polícia Federal em nota.
Além disso, os responsáveis pela inserção de dados falsos nos sistemas do SUS, alvos de prisão temporária, são suspeitos de terem efetuado as práticas ilegais investigadas em vários municípios maranhenses desde o ano de 2018.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Maranhão. Entre eles, há o que determina o “afastamento de servidor público do cargo, em razão da posição que ocupava durante o período da inserção dos dados falsos nos sistemas do SUS e da formalização de parte dos contratos investigados, e a suspensão do direito dos empresários e empresas investigadas de participarem de licitações e de contratar com órgãos públicos”, conforme informou a Polícia Federal.
Crimes
Se houver denúncia e ela for acolhida pela justiça, os suspeitos podem responder pelos crimes de fraude à licitação, superfaturamento contratual, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Informações SBT News