A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, rejeitou o pedido trilionário da Polônia pelos danos sofridos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Em pronunciamento, a diplomata afirmou que a questão monetária referente à invasão nazista está encerrada, mas que o país mantém a responsabilidade histórica.
“É perceptível quão presente está essa dor até hoje, não só entre os que têm 90 anos, como também entre os de nove, porque a dor se herda de geração em geração”, disse Baerbock, ressaltando a vergonha de Berlim pela “desumana campanha de opressão” e de “pura ananiquilação” na Polônia durante o regime nazista.
O pedido de indenização foi enviado à Alemanha pelo ministro das Relações Exteriores da Polônia, Zbigniew Rau. Ele pedia o pagamento de 1,3 trilhão de euros para reparação de saques monetários da época e das famílias das vítimas. No documento, o diplomata alegou que o país foi um dos primeiros a sofrer com a agressão alemã.
Pouco antes da decisão, Baerbock e Rau se encontraram em Varsóvia, onde participaram de uma reunião para discutir a implementação de mais ações para conter a guerra na Ucrânia. Os ministros trocaram opiniões sobre as sanções contra a Rússia e a necessidade de garantir a segurança energética.
O diplomata polonês também comentou sobre a construção de um monumento dedicado às vítimas da Segunda Guerra Mundial, em Berlim, e a questão de ensinar o polonês como língua nativa na Alemanha.
Informações de SBT News