Acidente em parque aquático: piscina foi construída sob rede elétrica

A Polícia Civil está investigando o acidente em um parque aquático em Rio Branco do Sul, na Grande Curitiba, que matou mãe e filhos neste domingo (4). As vítimas estavam em uma piscina atingida pela queda de um cabo de alta tensão.

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Foto: Reprodução/Rede Massa

O delegado Gabriel Fontana informou que um inquérito foi instaurado e um laudo pericial vai apurar as condições da rede elétrica do local onde ocorreu a tragédia. O documento deve apontar se o poste tinha manutenção frequente e se havia algum tipo de “gato” de luz que possa ter sobrecarregado a fiação, entre outras questões.

“São perguntas que serão respondidas com esse laudo, para fins de apurar se há responsabilização criminal ou não nesse acidente”, afirmou o delegado.

A investigação também apura se o parque aquático, localizado em uma chácara, funcionava de forma regular. Gabriel Fontana confirmou que a piscina foi construída depois da instalação do poste e embaixo da rede elétrica.

A informação também foi divulgada pela Copel, que repassou uma imagem que mostra a rede elétrica no local antes da construção da piscina. A companhia afirmou em nota que a rede de energia passava por manutenção regular.

A Copel, a propósito do rompimento da rede de energia por galho de pinheiro, provocada por chuva com vento de mais de 60 km/h, no domingo 4 de fevereiro, em Rio Branco do Sul, informa que a chácara onde se deu o ocorrido, alugada pelo proprietário para terceiros com fins comerciais, é uma propriedade privada sobre a qual a companhia não possui gestão. A Copel seguirá acompanhando o caso e vai colaborar com as autoridades na investigação.

A rede de energia em questão passa por manutenção frequente e continuada, como é o padrão da Copel. A Copel lamenta o ocorrido, se solidariza com as famílias e orienta a todos que obras, inclusive aquelas utilizadas para fins comerciais, como é o caso da referida chácara, são de responsabilidade dos proprietários, mas precisam ser acompanhadas por profissionais de engenharia a fim de garantir que as edificações fiquem afastadas dos fios da rede elétrica.

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“A justaposição feita pela área de obras da Copel Distribuição registra a existência da rede antes de a piscina ser construída”, diz a Copel. Foto: Divulgação

Acidente em parque aquático de Rio Branco do Sul

O acidente no parque aquático da Grande Curitiba ocorreu por volta das 14h30. Estava começando a chover e ventava muito forte, o que acabou provocando a queda de um galho sobre o fio alta tensão, que se rompeu e caiu direto na água e eletrocutou as vítimas. 

“Começou um vento, devido ao temporal que estava vindo, e não sei se foi o vento ou um raio, porque teve duas descargas de raio naquela horinha, acabou arrebentando um fio da  alta tensão da Copel”, explicou Elmo Cavassin, proprietário do estabelecimento. “Esse fio caiu dentro da piscina e tinha sete pessoas dentro, dois conseguiram sair e o restante ficou. Eu não sei explicar se eles desmaiaram”, completa. 

Segundo Cavassin, a chácara, que funciona como parque aquático, foi alugada durante o final de semana por cerca de 40 pessoas da mesma família. Ele estava na sua residência quando ouviu gritos vindos da piscina e correu para o local. 

“A gente viu que tinha alguma coisa acontecendo e desceu lá. Começou aquele desespero, o pessoal gritando, e a gente tirou cinco”, diz Elmo. Conforme ele, só foi possível salvar as pessoas porque após o fio de alta tensão cair na água, o transformador elétrico do sítio estourou e interrompeu o fornecimento de energia

“A gente tirou os outros cinco da piscina e realizou os primeiros-socorros, que era massagem e respiração. Um a gente conseguiu reabilitar no local. Os outros ficaram com pulso e a gente decidiu encaminhar para o hospital de Rio Branco do Sul”, conta o proprietário. 

Apesar dos esforços, as três vítimas fatais já chegaram sem vida no hospital.

Vítimas eram mãe e filhos

As vítimas fatais do acidente são uma mãe e dois filhos. Elas foram identificadas como Roseli da Silva Santos, de 40 anos, Emily Raiane de Lara, de 23, que estava grávida, e Agner Cauã Coutinho dos Santos, de 17 anos.

Outras nove pessoas ficaram feridas, entre elas três crianças com idades entre 7 e 12 anos. São elas: 

  • Um rapaz de 27 anos (ferimentos graves);
  • Um jovem de 25 anos (lesões moderadas);
  • Uma adolescente de 17 anos (lesões moderadas);
  • Um menino de 7 anos (ferimentos leves);
  • Um adolescente de 14 anos (ferimentos leves);
  • Uma adolescente de 12 anos (ferimentos leves);
  • Um adolescente 12 anos (ferimentos leves);
  • Um homem de 32 anos (ferimentos leves);
  • Uma mulher de 34 anos (ferimentos leves).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, as vítimas leves aguardam a chegada de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foram encaminhadas para hospitais da região. 

Já os feridos médios e graves foram levados em veículos próprios para um hospital de Rio Branco do Sul. 

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