Um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que a população em situação de rua no Brasil cresceu 16% entre dezembro de 2021 e maio deste ano. Segundo os dados, no fim do ano anterior, o número de brasileiros vivendo pelas ruas era de 158.191, passando para 184.638 no último mês.
Entre as capitais, São Paulo registra o maior número de pessoas em vulnerabilidade. Apenas em 2022, 5.093 pessoas foram viver nas ruas paulistas, totalizando 42.240 moradores de rua. Em seguida, os maiores registros estão nas cidades do Rio de Janeiro (10.624), Belo Horizonte (10.241), Brasília (6.339) e Salvador (5.561).
De acordo com os dados, 68% das pessoas em situação de rua são negras e 87%, homens. A maioria (87%) também apresenta idades entre 18 a 59 anos, seguido por idosos (10%) e crianças (3%). Além disso, 47% têm o ensino fundamental incompleto, enquanto 11% não sabem ler ou escrever. Do total, 93% estão em condição de extrema pobreza.
Apesar dos números, os pesquisadores da UFMG avaliam que os indicadores são apenas uma amostra da real situação, uma vez que há uma subnotificação da população em situação de rua no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), que varia entre 45% e 50%.
As informações são da Agência Brasil.