A Polícia Civil do Paraná concluiu o inquérito que apura um acidente, onde um motociclista, de 27 anos, morreu ao ser atingido pelo carro de um Policial Militar, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Um laudo do Instituto de Criminalística aponta que o veiculo do PM estava a 113 km/h na via.
Com base nas imagens de câmeras de segurança da região, a perícia constatou que o motorista do veículo Hyundai Veloster não respeitou as sinalizações de trânsito e percorreu o trecho a mais de 90% do permitido na via, que é de 60 km/h.
As investigações apontam ainda que o policial Jasiel Rocha Pereira estava retornando de uma festa com um grupo de mulheres. Elas afirmaram em depoimento à polícia que o PM estava em alta velocidade e que fez o uso de bebida alcoólica. No carro, conforme a Polícia Civil, foi encontrado uma garrafa de whisky, mas o policial não passou pelo teste do bafômetro e saiu do local escoltado.
Jasiel é lotado no Regimento de Polícia Montada e teve a prisão preventiva decretada. Ele foi indiciado por homicídio doloso qualificado pela impossibilidade de defesa da vítima e por embriaguez ao volante.
Acidente
A batida aconteceu dia 23 de abril deste ano, na Rua Senador Accioly Filho, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Daniel Pereira Silva tinha 27 anos e estava trabalhando como entregador de pizza, quando foi atingido pelo veículo do Policial Militar.
De acordo com a polícia, o motorista apresentava sinais de embriaguez e foi conduzido à delegacia por se recusar a fazer o teste do bafômetro e pra evitar qualquer tipo represália por parte da população, que se revoltou com o acidente e cercou as viaturas.
Para complementar a renda da família, o motociclista trabalhava como caminhoneiro e também fazia entregas em aplicativos. Daniel deixa esposa e uma filha de 11 anos.
Homenagem
Familiares e amigos de Daniel Pereira se reuniram neste domingo (2) para fazer um protesto e pedir justiça pela morte do motoboy, na Cidade Industrial de Curitiba.
A concentração foi no ponto de encontro dos amigos da vítima, que costumavam se reunir aos domingos. Depois, o grupo seguiu até o local do acidente.