A Justiça condenou a 15 anos de prisão um policial civil investigado por extorsão mediante sequestro em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
A condenação é resultado da denúncia oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR), fruto das investigações da Operação Mônaco.
A investigação apura a possível ocorrência de crimes na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba. A pena fixada na sentença, expedida pela 4ª Vara Criminal de Curitiba, foi de 15 anos de reclusão em regime fechado, além da perda do cargo público.
De acordo com o MPPR, os crimes investigados teriam acontecido em fevereiro de 2019. Além do policial condenado, outros dois investigadores também teriam participado do esquema.
Policial condenado em operação que investiga deputado
Quem também é alvo da investigação é o deputado federal Matheus Laiola (União Brasil), então delegado-chefe pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. O julgamento dele e dos outros dois agentes ainda não tem data para acontecer.
Conforme a denúncia do Gaeco, o grupo teria exigido R$ 50 mil do proprietário de uma rede de combustíveis em troca da liberação de um funcionário que foi preso indevidamente dias antes, durante abordagem policial em um dos postos da rede, em Tijucas do Sul.
Segundo o MPPR, o empregado teria sido preso em uma suposta situação de flagrante, “mas sem qualquer fato ou ordem judicial que justificasse a prisão, a pretexto de possíveis irregularidades no estabelecimento”.
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O Gaeco sustenta que o funcionário foi solto depois que o empresário pagou R$ 10 mil de fiança ao grupo de policiais.
Os demais denunciados respondem pelos crimes de concussão, sequestro e cárcere privado. Na mesma sentença condenatória, o Judiciário suspendeu o sigilo do processo e o mesmo tramita agora de forma pública.