Com a pandemia, brasileiros valorizam o turismo regional

Desde que a pandemia causada pela COVID-19 assolou o mundo, a economia global sofreu significativamente. O turismo, por sua vez, foi um dos segmentos que mais registrou quedas. Segundo a Organização Mundial do Turismo, a crise ainda persiste em 2021: vários destinos ao redor do mundo receberam 180 milhões a menos de turistas entre janeiro e março, se comparado ao primeiro trimestre de 2020, quando a pandemia ainda não tinha ganhado forças. Com isso, os prejuízos ao longo dos últimos meses foram muitos: a perda total de receitas de exportação do turismo internacional, incluindo o transporte de passageiros, bateu quase US$ 1,1 trilhão.

Rio de Janeiro. Foto: Freepik

Dentro do Brasil, por sua vez, um estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), apontou que o turismo brasileiro perdeu mais de R$ 50 bilhões.

Mas como toda crise tem dois lados, quando o isolamento social nas cidades brasileiras se tornou mais flexível foi possível analisar um crescimento do turismo nacional e uma tendência se tornou clara: as pessoas estão viajando mais pelo Brasil. Isso porque, há mais de um ano, os brasileiros não podem entrar em vários países ao redor do mundo. Além disso, o isolamento aumentou a quantidade de pessoas trabalhando em regime home office e, consequentemente, mais gente está em busca de lugares fora dos centros urbanos para descansar e trabalhar.

E a boa notícia é que este hábito pode ter chegado para ficar, pois um levantamento do Booking.com apontou que 55% das pessoas pretendem conhecer um destino novo na região em que moram.

Empreendedores enxergam novas oportunidades

Não é novidade que um dos efeitos colaterais da pandemia foi o crescimento de empreendedores individuais em todo o Brasil. Dados do Portal do Empreendedor de 2020 revelaram que de março a dezembro de 2020 houve um aumento de 13,23% de MEIs registrados, resultando um total de 1,49 milhão de novas formalizações. Isso somado às mais de 7,5 milhões de micro e pequenas empresas que também nasceram nesse período.

Diante deste cenário, foi graças às tendências que surgiram e ao desejo de promover experiências que atendessem às novas necessidades dos brasileiros, que pequenos empreendedores da área de turismo começaram a enxergar uma oportunidade em meio à crise da COVID-19. Empresas como a Travelum, originária de Santa Catarina, sul do país, detectaram demandas reprimidas em regiões brasileiras que ainda não exploravam o turismo. Assim, o que era para ser apenas um marketplace de turismo acabou crescendo e a Travelum passou a atuar também como operadora turística. Além de vender experiências terceirizadas, hoje também faz a gestão de pontos turísticos e cria e executa os seus próprios passeios, entre eles o voo de balão e o passeio de Maria Fumaça.

Quem nasce na crise, já vem adaptado

Com o “novo normal” veio uma nova maneira de se fazer turismo também. Empresas como a Travelum, que iniciaram as atividades durante a pandemia, já nasceram com passeios pensados e projetados de acordo com os protocolos de segurança para que a saúde e o conforto dos turistas venham em primeiro lugar. Isso significa o uso obrigatório de máscaras e passeios apenas com grupos reduzidos para evitar aglomerações.

Com a alta do dólar e restrições para brasileiros viajarem para destinos internacionais, é bem provável que a tendência do turismo nacional continue em alta mesmo após o fim da pandemia. A boa notícia é que, apesar de tantas consequências negativas provocadas pela COVID-19, alguns efeitos colaterais, como a valorização do turismo brasileiro, são benéficos para os pequenos empreendedores do país.

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