Dor ciática tem causas diversas e pode atrapalhar tarefas no dia a dia

Dores na região da coluna são uma queixa frequente dos brasileiros que recorrem aos consultórios de ortopedia. Segundo levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2021, cerca de 80% da população já teve ou terá algum tipo de dor nessa região.

Foto: Diana Grytsku/Freepik

Um dos responsáveis por grande parte das reclamações de incômodo nessa parte do corpo é o nervo ciático, o maior do corpo humano. A dor ciática ou ciatalgia, como é chamada pelos médicos ortopedistas, pode afetar a região da coluna lombar, glúteos e pernas.

O desconforto pode aparecer em forma de dor, formigamento ou dormência, devido à irritação das raízes nervosas que levam ao nervo ciático. Quem sofre de ciatalgia tem a qualidade de vida afetada e sente dificuldades para realizar tarefas simples do dia a dia. 

Nervo ciático: o que é, causas e sintomas

Segundo o portal Minha Saúde da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), o nervo ciático começa no meio da coluna vertebral e percorre glúteos, coxa e joelhos até se dividir em ramificações e chegar aos pés.

A principal função dessa terminação é o controle das articulações presentes em quadril, joelhos e tornozelos, assim como dos músculos das pernas e pés. Sendo assim, ele é uma terminação essencial para a locomoção.

As dores e o desconforto nas regiões onde o nervo ciático percorre não configuram uma doença por si só, mas sim um problema de saúde. De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) a sensação pode aparecer em todos os pontos por onde essa terminação percorre.

Por esse motivo, os sintomas podem ser dores na parte posterior da perna e glúteo, dor na lombar e queimação nas pernas. Segundo a SBOT, o desconforto melhora ao deitar, piora ao ficar em pé e pode apresentar mais força ao espirrar ou tossir.

Postura irregular, acidentes na região da coluna e doenças como hérnia de disco podem ser alguns agentes para o surgimento da dor ciática. Em corredores e esportistas, a ciatalgia tende a surgir devido à forte pressão no nervo pelo volume maior de músculos.

Como são feitos diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de ciatalgia procura identificar quais são as causas que levaram o paciente a apresentar as dores recorrentes na região do nervo ciático. Para isso, exames clínicos e anamnese podem ser necessários.

Uma das medidas tomadas por ortopedistas é solicitar o teste chamado Lasègue, um exame capaz de identificar as dores causadas pela compressão do nervo. Durante a inspeção, o paciente fica deitado com as pernas estendidas enquanto o ortopedista e/ou neurologista observa como a dor se manifesta.

Há também os exames de imagem. Eles são utilizados para compreender os motivos da dor no local. Tomografia ou ressonâncias magnéticas na coluna podem ajudar a obter um diagnóstico preciso sobre o quadro do paciente.

De acordo com a SBOT, o tratamento para a dor ciática varia conforme a causa ou gravidade do problema relatado. Em alguns casos, os médicos orientam os pacientes a optarem por repouso e sessões de fisioterapia. Em outros há a necessidade de cirurgias para corrigir o problema. O foco das soluções é descomprimir as terminações nervosas do nervo ciático, para que a inflamação possa ser eliminada.

A Proteste aponta que o tratamento conservador, que une a fisioterapia aos medicamentos, é responsável pela correção de 95% dos casos. Durante esse processo, o paciente utiliza medicações e trabalha movimentos que promovem o alívio da dor. Além disso, também é possível aliar técnicas complementares como acupuntura.

Segundo a SBOT, quando o método conservador não proporciona melhora, a cirurgia pode ser utilizada para eliminar a causa do problema da dor ciática. O procedimento tende a ser minimamente invasivo, feito por meio de endoscópio ou microscópio.

Atitudes simples previnem dor ciática

O nervo ciático é uma terminação responsável por grande parte dos movimentos do corpo e, quando apresenta algum tipo de problema, realizar qualquer tarefa do dia a dia se torna um desafio. Por esse motivo, é importante estar atento a algumas práticas que podem ajudar a evitar o surgimento de traumas e inflamações nesse nervo.

Segundo a Proteste, utilizar cadeiras e colchões adequados, realizar alongamentos e adotar uma postura correta são algumas medidas para garantir o bom funcionamento do ciático. Além disso, evitar sapatos altos durante longo período, fazer exercícios físicos regularmente e evitar carregar peso de forma inadequada também podem ajudar.

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