Hábitos saudáveis de vida ajudam na prevenção do câncer de próstata

Novembro é o Mês de Saúde do Homem, tempo dedicado à conscientização e prevenção do câncer de próstata, o mais comum entre os homens. Ele representa 29% dos diagnósticos de câncer no Brasil, com número elevado de novos casos a cada ano: cerca de 65 mil só no país.


Pensando em contribuir com a conscientização, a Unimed Curitiba lança a campanha em que destaca a importância da responsabilidade dos homens com a saúde.

Com o tema “Na luta contra o câncer de próstata, adote atitudes pró”, a cooperativa propõe algumas mudanças em hábitos de vida, como realizar atividades físicas regularmente, ingerir menos carne vermelha, reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas, beber água com frequência, parar de fumar e evitar produtos industrializados.

“Um em cada seis homens será diagnosticado com a doença, mas mesmo assim poucos fazem exames preventivos. Mais da metade da população masculina nunca consultou um urologista. E pesquisas indicam mais do que uma impressão, há mesmo fatores que fazem os homens mais suscetíveis a determinadas doenças e/ou situações de risco”, diz o médico especializado em urologia Osni Silvestri.

De acordo com a pesquisa “Perfil da morbimortalidade masculina no Brasil”, realizada pelo Ministério da Saúde em 2018, homens, com idade entre 20 a 59 anos, têm maior morbimortalidade comparados às mulheres da mesma faixa etária, principalmente por fatores externos.

O estudo afirma que pessoas do sexo masculino estão mais envolvidas em situações de violência, uso de drogas e álcool, bem como estão mais expostos aos acidentes de trânsito e de trabalho. Além disso, eles não procuram os serviços de saúde e um dos motivos disso é o medo de descobrir alguma doença. E, quando procuram ajuda médica, não seguem os tratamentos recomendados. Alimentação inadequada, sedentarismo e maior suscetibilidade a infecções de IST/aids também prejudicam a saúde masculina.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brasileiros vivem, em média, sete anos a menos do que as brasileiras. Eles também apresentam maior incidência de determinadas doenças como aquelas cardiovasculares ou diabetes, hipertensão, e ainda cânceres de pulmão, próstata e testículos.

“Esses dados reforçam a necessidade de desenvolver estratégias de educação em saúde voltadas para os homens e sua sensibilização a fim de que eles entendam a sua fragilidade e responsabilidade com a própria saúde. No meio das atribuições da rotina, dos compromissos com trabalho, família, negócios, é comum que grande parte do público masculino cuide de todos ao redor, mas esqueça de olhar para si. Essa é a virada de chave: o homem deve cuidar do corpo, da mente e da alma”, afirma o urologista.

Exames e tratamentos

Os exames de PSA e toque retal são as formas mais exatas para diminuir a chance de erro diagnóstico, segundo Silvestri. Eventualmente pode ser preciso fazer uma biópsia também, mas cada vez mais a ressonância magnética é usada para definir a necessidade ou não do procedimento. Tendo os exames e diagnóstico definido, há diversas possibilidades de tratamentos. Em alguns pacientes é indicado cirurgia, já para outros radioterapia. Questões como idade, histórico familiar ou clínico, comorbidades, são fatores que determinam os tipos de tratamentos.

Depois de um estudo muito aprofundado a respeito do câncer de próstata, o médico conta que, nos casos de pacientes já com certa idade (mais de 75 anos) e com um câncer pouco agressivo (indolente), é possível fazer um rastreio sem cirurgia ou tratamento para ver se esse câncer vai, de fato, avançar. É uma forma de acompanhamento que chama vigilância ativa.

Preconceito e relutância

O urologista observa que a consciência da população masculina tem melhorado, pacientes estão mais abertos a ir em consultório e fazer os exames necessários. Porém, “ainda existem alguns tabus para quebrar no Brasil, há um machismo forte. Depois de tantos anos das campanhas em novembro, vemos que os homens com casos próximos, amigos perdidos, ou alguém na família, são mais dispostos. Ou seja, quando a doença os cerca eles buscam mais rapidamente e se convencem de que é necessário monitorar. A grande arma para esse obstáculo é a informação e buscar evoluir. A mulher conversa com a mãe, vai mais cedo ao ginecologista, tem a maternidade e ainda conversa mais com as amigas. Já os homens são mais fechados. O que vemos é que munidos de informações eles são mais preventivos e tomam os cuidados adequados”.

Para o médico cooperado, “esse mês tem grande importância por chamar a atenção para a prevenção. Ainda mais com relação a esse tipo de câncer porque ele não dá sintoma na sua fase inicial, precisa ser rastreado, investigado. Por isso a repetição e reforço para que o paciente procure pelo urologista uma vez por ano para fazer os exames necessários. Afinal, quando diagnosticado no início, é um câncer que tem de 90 a 95% de cura”, ressalta.

Osni Silvestri lista alguns bons hábitos para homens viverem mais e melhor como manter uma alimentação saudável e beber água com frequência, evitando produtos industrializados; praticar atividades físicas com frequência, sempre com orientação médica e, de preferência, supervisionada por profissionais de educação física – exercícios reduzem as toxinas que potencializam o surgimento do câncer, então qualquer modalidade que movimento o corpo é válida para vencer essa doença; comer menos carne vermelha, pois estudos demonstram que a ingestão exagerada de carne vermelha potencializa o surgimento do câncer.

A partir dos 50 anos, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Urologia recomendam consultas preventivas para avaliação individualizada e detecção precoce do câncer de próstata com a realização do exame PSA (Antígeno Prostático Específico, em português) e do toque retal.

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