Preso após tentar tirar a própria vida ingerindo veneno de rato, Geovani Corrêa da Cruz, de 23 anos, confessou ter assassinado a facadas o garçom Carlos Henrique de Oliveira. O crime foi cometido na madrugada de 2 de novembro em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba. Ele foi encontrado na manhã de quarta-feira (3) e recebeu alta hospitalar no fim da tarde. O rapaz foi conduzido à delegacia para prestar depoimento e a principal hipótese é de que o crime foi cometido para que sua família não descobrisse o relacionamento homossexual.
Ainda durante a quarta-feira, a mãe do suspeito também foi até a delegacia para falar sobre o caso. Ela encontrou um celular escondido em casa e a suspeita é de que se trate do telefone da vítima, que desapareceu do local do crime. Completamente transtornada e sem acreditar que o próprio filho era o responsável pelo homicídio brutal do jovem, ela conversou com a equipe da Rede Massa antes de prestar depoimento.
“Eu espero que ele pague pelo que ele fez, só isso. Mas nem por isso vou deixar de ser mãe dele, porque eu amo todos os meus filhos e com certeza a mãe do outro que morreu também amava ele”, disse a mãe de Geovani, em meio ao choro compulsivo. O celular que ela encontrou foi apreendido e será periciado para auxiliar no inquérito da Polícia Civil que investiga o caso.
Na sequência, a polícia deve ouvir a mulher com quem o suspeito morava e mantinha um relacionamento há alguns meses. O depoimento dela ajudará a polícia a entender o comportamento do suspeito e identificar se ele mantinha relacionamentos extraconjugais e com outros homens.
Versão do assassino confesso
Depois de ser preso, Geovani contou aos guardas municipais que estava bebendo com a vítima na casa dela e os dois começaram a discutir. Os dois decidiram usar cocaína no meio da briga e o autor disse que se sentiu ameaçado. Eles começaram a brigar e Geovani deu um mataleão em Carlos Henrique. Na versão do autor, com a vítima já desmaiada, ele deu duas facadas no pescoço do rapaz e fugiu.
O delegado Eduardo Machado de Oliveira, responsável pelo caso, confirmou que o suspeito também confessou o crime e foi preso em flagrante. “Ele deu a versão dele dos fatos e a gente prefere, por enquanto, até a conclusão do inquérito, não revelar ao público por receio de que isso possa contaminar os depoimentos de outras testemunhas”, explica. O suspeito foi conduzido ao sistema penitenciário e deve aguardar o julgamento em regime fechado.
Relembre o caso
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Colaboração de Simone Munhoz/Rede Massa.