Cresce procura por aluguel de imóveis no início de 2023

O ano de 2023 começou com um aumento considerável na demanda por aluguel de imóveis em todo o Brasil. Ainda que esse fenômeno seja recorrente no setor imobiliário e que ocorre em grande parte do país, a previsão é que a quantidade de imóveis disponíveis no mercado não seja o suficiente para atender a toda a demanda esperada.

De uma maneira geral, esse aumento na procura por locação de imóveis neste ano já vinha se desenhando. O último levantamento realizado pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR, aponta que os anos de 2021 e 2022, por exemplo, chegaram a registrar os melhores indicadores desde 2014.

“Ainda que os dois últimos anos tenham sido um período complexo para diversos setores da economia, para o nosso mercado imobiliário foi extremamente produtivo”, destaca o presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, Luciano Tomazini.

A Diretora Geral de Vendas da Clarim Imóveis, uma das maiores e principais imobiliárias de Campo Largo, Fabiane Guiraud de Souza, enfatiza que tradicionalmente, o início de ano é um período típico para o aumento significativo na procura por aluguel de imóveis. “Contudo, alguns aspectos, como o reaquecimento gradual da economia, aliada ao surgimento de um novo perfil de consumidores – estes com preferência por locação ao invés de aquisição de um imóvel –, contribuíram de forma expressiva para uma intensificação na preferência por locação”, explica a especialista.

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Segundo a executiva da Clarim, mesmo que atividades como a de captação de imóveis seja exercida de forma contínua dentro do setor imobiliário, ainda faz com que a quantidade de imóveis disponíveis seja inferior à demanda, considerada muito grande.

Busca por aluguel de imóveis cresce nas regiões metropolitanas

O histórico da procura por imóveis de locação em regiões metropolitanas, como é o caso de Campo Largo, não foge do cenário vivido em todo o estado e país. Além da região vir recebendo nos últimos anos grandes empresas, como é o caso do Outlet City Center e o Alphaville, a cidade também tem sido foco de extensões de plantas fabris de outras companhias como a Incepa, Caterpillar e Itambé. As ampliações dessas grandes empresas propiciam uma movimentação intensa de colaboradores estratégicos que moram fora e passam a residir na região durante e após o desenvolvimento das expansões.

Ainda segundo a executiva da Clarim Imóveis, outro fator que tem cooperado para o aumento cada vez mais expressivo da locação de imóveis tem sido o chamado turismo médico promovido pelo Hospital do Rocio, que atrai tanto pacientes para tratamento das mais variadas especialidades, quanto profissionais da saúde, para o programa de residência médica, ambos de todas as regiões do Brasil.

“De 2020 para 2021, o aumento no número de imóveis locados na região de Campo Largo, por exemplo, avançou 36%, sendo que do total, mais da metade foram locados para moradia. Já de 2021 para 2022, esse crescimento alcançou o índice de 44%, com 58% deles sendo de imóveis residenciais. E esses dados reforçam a expectativa para que em 2023 haja uma consolidação neste mercado, com um crescimento ainda maior”, corrobora Fabiane.

Demanda aquecida abre portas para investidores

Com uma procura alta por imóveis residenciais para locação, um cenário de baixa oferta, a recente e a alta na média do valor do aluguel – a maior em 11 anos – além da constante valorização do patrimônio tem incentivado a possibilidade da realização de investimentos imobiliários.

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“Estes aspectos devem provocar um aumento significativo de investidores buscando imóveis à venda para colocá-los no processo de locação. Isso deve ajudar a servir a grande quantidade de oferta de clientes”, finaliza Fabiane.