Fábrica de cerâmica na RMC vai investir R$ 220 milhões para ampliar produção

O governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve nesta sexta-feira (11) na fábrica da Roca Brasil Cerámica, em Campo Largo, para o anúncio de R$ 220 milhões de investimentos na unidade. O recurso é para a instalação da segunda linha de produção da supercompactadora Contínua+, a mais moderna tecnologia para a produção de revestimentos cerâmicos do mundo.

Foto: Ari Dias/AEN

Instalada há 70 anos na cidade da Região Metropolitana de Curitiba, a empresa é referência no setor de revestimentos e conta com as marcas Roca Cerámica e Incepa. Com o investimento, a previsão é incrementar em 20% a produção total na planta e criar mais 150 postos de trabalho diretos, além dos indiretos. A implantação da nova linha de produção está prevista para o primeiro semestre de 2023.

O anúncio, destacou o governador, consolida o bom momento que vive o Paraná, que fechou o ano com a geração de 172,6 mil empregos formais e com crescimento de 9% na produção industrial, o maior em dez anos. “Nosso governo tem buscado desburocratizar e facilitar a vida de quem produz. Por isso, temos tantos resultados positivos na economia e estamos fechando R$ 100 bilhões de novos investimentos privados no Estado”, afirmou o governador.

A Roca foi a primeira empresa na América Latina a implantar, em 2015, a tecnologia supercompactadora, que permite a fabricação de produtos de SuperFormatos, com lâminas e lastras de porcelanato extremamente finas, que podem chegar a dimensões de 120×250 centímetros. A companhia, que foi adquirida recentemente pelo grupo mexicano Lamosa, também será a primeira a adquirir a segunda unidade do maquinário.

“O grupo Lamosa chegou recentemente ao Estado, mas se agrega a um grupo que é um patrimônio do Paraná e de Campo Largo, que tem uma tradição muito forte no setor de cerâmica”, salientou Ratinho Junior.

O presidente da Roca Brasil Cerámica, Sergio Wuaden, explicou que o anúncio é um marco para a empresa, tanto pela tecnologia empregada, como pela continuidade dos negócios do grupo mexicano no Paraná e no Brasil. “Este investimento é um marco na indústria cerâmica, porque poucas empresas no mundo dominam essa tecnologia”, afirmou. “É também uma resposta às dúvidas geradas durante o anúncio de aquisição da Roca pelo grupo Lamosa, que agora demonstra sua intenção em manter e dar sequência aos investimentos no País”.

A expansão da planta fabril será capaz de incrementar a produção da Roca Brasil em 3,6 milhões de metros cúbicos por ano. “O sucesso deste projeto será fundamental para sustentar para as próximas etapas do plano de expansão previsto para os próximos anos, que pode superar a cifra de R$ 500 milhões em investimentos do Grupo Lamosa no Estado”, completou Wuaden.

“Campo Largo recebe com muita alegria esse investimento. Os cidadãos têm muito orgulho de trabalhar nessa empresa. Esse investimento vai gerar novos empregos”, disse o prefeito de Campo Largo, Mauricio Rivabem.

Gás natural

Para o presidente da Roca Brasil Cerámica, os estudos para a viabilização do Plano Estadual do Gás, com a possível redução no preço do insumo, foram fundamentais para a decisão de ampliar a planta. A aquisição da supercompactadora implicará em um consumo adicional de gás natural na ordem de 15 mil a 20 mil metros cúbicos por dia na empresa.

“Partimos das indicações do Governo do Estado de renovação do contrato de concessão de distribuição de gás natural para decidir pelo investimento no Paraná. Com a evolução dessa discussão, pudemos viabilizar esse investimento”, explicou o presidente. “O governador tem dado seu apoio para que essa evolução ocorra no Estado, que é fundamental para a industrialização, a geração de empregos e melhoria da qualidade de vida”.

O Governo do Estado contratou em 2019 um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), referente aos serviços de distribuição de gás canalizado, que atualmente são concedidos à Companhia Paranaense de Gás (Compagas).

As análises concluíram pela antecipação da renovação da concessão e a prorrogação da outorga junto à Compagas por mais 30 anos, além de definir as diretrizes e metas a serem incluídas no novo contrato para viabilizar a expansão e a interiorização do uso do gás natural no Paraná.

O atual contrato vence em julho de 2024 e o Governo fará a renovação, com a assinatura sendo antecipada para ainda neste ano. O objetivo é atrair novos investimentos no setor de imediato. “Estamos repensando todo esse setor, que é fundamental para a industrialização do Estado, tanto para as novas como as empresas já instaladas que precisam ampliar sua capacidade de consumo”, afirmou Ratinho Junior.

Em linhas gerais, o Plano do Gás prevê o atendimento das 10 mesorregiões do Estado, investimentos para desenvolver o uso do gás natural e um novo modelo tarifário que incorpora elementos como produtividade e eficiência, e estabelece revisões periódicas da tarifa. Como consequência tem-se um contrato de concessão com uma tarifa menor, margens compatíveis com as praticadas nacionalmente e mais desenvolvimento para o Paraná.

Informações da Agência Estadual de Notícias.

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