Casos de pedras nos rins aumentam 30% no verão

A aproximação do verão e as temperaturas mais altas acendem um alerta sobre os casos de nefrolitíase ou cálculos renais, popularmente conhecidos como pedras nos rins, que aumentam 30% nesta época do ano, segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

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Foto: Freepik

Um dos fatores que contribuem para a alta nos casos é a falta de uma hidratação adequada nos dias mais quentes.

“No calor aumenta a transpiração e nem sempre conseguimos repor todo o líquido perdido. Em condições normais, a quantidade diária de água indicada varia entre 2 e 3 litros, mas no verão é ainda mais importante nos atentarmos para essa hidratação”, destaca o médico urologista Paulo Jaworski, professor titular da Faculdade Evangélica Mackenzie e diretor científico do Uroville – Urologia Avançada.

Ele explica que alguns sinais podem indicar a quantidade ideal de água que cada pessoa necessita. “Além da sede, a coloração da urina é outro indicador importante para saber se a quantidade de água está sendo suficiente ou não. O ideal é que a urina seja bem clara e quanto mais amarelada estiver, maior a quantidade de água que o organismo necessita”.

De acordo com dados da SBU, cerca de 10% da população brasileira tem cálculos renais, sendo mais comum em homens entre 20 e 35 anos.

Além da ingestão de água, outras medidas de prevenção podem ser adotadas, como a prática de atividades físicas e uma dieta com baixo consumo de sal, embutidos e proteína animal, como a carne vermelha. Entre os fatores de risco para a formação das pedras nos rins estão: a obesidade, a hipertensão, o consumo de bebidas escuras como os chás e cafés e a ingestão de bebidas alcoólicas e refrigerantes (principalmente à base de cola), que causam uma falsa sensação de saciedade, mas não hidratam.

Principais sintomas das pedras nos rins

A doença se caracteriza pela formação de aglomerados de cristais, que vão se juntando e formando as pedras. Isso ocorre quando não há líquido suficiente para diluir as moléculas dos elementos que ficam retidos pelo processo de filtragem dos rins, como o cálcio, o oxalato e o ácido úrico.

A doença pode não apresentar nenhum sintoma quando os cálculos são pequenos e imóveis. Mas alguns sinais como dores na região da lombar que se espalham para a frente, cólicas na parte de baixo do abdome e sangue na urina podem indicar a doença. “Apesar de ser uma condição comum, geralmente o paciente só descobre a doença quando o organismo tenta expelir as pedras e elas se movimentam pelo ureter, que liga o rim à bexiga, causando uma forte cólica renal. Este é um dos principais problemas que chegam aos prontos atendimentos dos hospitais e necessita de um atendimento rápido para aliviar as dores do paciente”, ressalta Paulo Jaworski.

Além do risco de cólicas renais e de obstrução do trato urinário, se o cálculo renal não for tratado pode evoluir para quadros mais graves e causar até a insuficiência renal a longo prazo. O tratamento depende do tamanho, da densidade e da posição dos cálculos. As terapias medicamentosas podem ser usadas para tentar expulsar as pedras de modo natural, o que pode levar alguns dias e requer uma avaliação periódica.

Em outros casos, uma intervenção cirúrgica pode ser necessária, dependendo do tamanho e da densidade das pedras. Atualmente, diferentes técnicas e procedimentos minimamente invasivos são utilizados como a fragmentação e pulverização dos cálculos renais por meio de laser, a extração percutânea e até cirurgias de laparoscopia ou robóticas.

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