Pai é preso por torturar e agredir filho por questões raciais no Paraná

Um homem foi preso no Paraná suspeito de torturar o próprio filho, um garoto de 12 anos, diversas formas. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MPPR), as agressões teriam motivação racial.

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A Promotoria de Justiça de Nova Aurora, no Oeste do estado, ofereceu denúncia contra o pai do menino negro. Os crimes teriam sido praticados na cidade de Iracema do Oeste, onde a criança morava com o pai.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) ficou sabendo do caso a partir da rede de proteção à infância e, em seguida, foram confirmadas a partir de depoimentos de testemunhas.

Pai preso por tortura contra filho de 12 anos

Como o caso corre sob segredo de justiça, não foram divulgados nomes de nenhum dos envolvidos. O inquérito mostra que foram pelo menos 12 episódios graves de violências físicas e psicológicas praticadas pelo pai contra a criança.

As agressões eram praticadas com pedaços de pau, vassoura, fios de luz e pedaços de ferro, além de queimaduras com cigarro. As apurações apontam que ele não permitia que o filho tomasse banho com o objetivo de que ninguém se aproximasse dele na escola.

Além disso, segundo o MPPR, o filho era obrigado pelo pai a faltar às aulas para fazer os trabalhos domésticos da casa e cuidar dos irmãos mais novos.

Pai proibia filho de comer e o chamava de “macaco”

Ainda conforme a denúncia do MPPR, o acusado proibia a criança de comer, enquanto em outras ocasiões, obrigava o menino a comer em excesso.

O tratamento também era diferenciado contra a vítima em relação aos seus irmãos, já que o menino não podia ter brinquedos, roupas ou calçados apropriados para as estações do ano, além de ser obrigado a dormir em um colchão no chão.

A denúncia sustenta que a motivação racial ficou demonstrada pelo fato do pai chamar o filho várias vezes de “preto” e “macaco”, entre outras ofensas racistas, além de ameaçá-lo de morte.

A mãe da vítima também foi denunciada pelo Ministério Público por omissão, já que ficou sabendo de ao menos parte dos crimes cometidos contra o filho e não tomou nenhuma atitude para defender a integridade física e psicológica do menino.

O que aconteceu com o menino torturado pelo pai

Conforme o MPPR, a partir das primeiras informações recebidas pela Promotoria de Justiça, o menino foi acolhido em uma instituição como medida de proteção.

O pai do menino torturado está preso preventivamente há 30 dias, a pedido do MPPR. As penas para o crime de tortura podem chegar a oito anos de prisão.

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